Há três anos na Turquia, Robinho provavelmente não deve permanecer no Basaksehir, onde chegou em 2018/19 e com quem tem contrato apenas até junho de 2020. Segundo a 'Goal' o clube de Istambul tem a possibilidade de acionar a opção automática de renovação do vínculo do atacante brasileiro por mais uma temporada (junho de 2021), mas, a princípio, não está interessado num novo acordo.
Lesionado, até por isso não viajou a Lisboa para enfrentar o Sporting, nesta quinta-feira, pela Liga Europa, o experiente jogador, que completou 36 anos em janeiro, tem sido pouco aproveitado pelo novo treinador Okan Buruk. Fez somente 15 jogos oficiais, sendo apenas seis como titular, e não marcou nem sequer um gol na atual temporada.
Buruk, que na última quarta-feira chegou a declarar publicamente que o ex-santista pode jogar "mais dois ou três anos" e fisicamente é um atleta digno de elogios, tem dito nos bastidores que gostaria de reforçar o setor ofensivo com um jovem promissor. Ainda no ataque, a equipe conta com mais dois veteranos: o holandês Elia, de 33 anos, e o senegalês Demba Ba, de 34.
Com a forte possibilidade de sair do Basaksehir, Robinho não deve ter vida fácil para encontrar um novo clube, sobretudo no Brasil. Apesar da enorme identificação com o Santos, onde iniciou a carreira e conquistou cinco títulos, o "Menino da Vila" carrega consigo um histórico que envolve uma condenação por estupro na Itália.
No fim de 2017, o atacante foi condenado a nove anos de prisão pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa, num ato cometido no dia 22 de janeiro de 2013, em Milão - na ocasião, representava o Milan. De acordo com a sentença, o abuso sexual foi praticado juntamente com outros cinco brasileiros.
Robinho, vale lembrar, recebeu o veredito quando jogava no Atlético-MG. Uma onda de protestos feitos por torcedores, principalmente pela ala feminina, acabou por determinar poucas semanas depois a saída do atleta do Galo, que foi duramente criticado por, inicialmente, fazer silêncio sobre o caso e cogitar internamente uma renovação de contrato.
Hoje, no Santos, uma parte expressiva da torcida não vê com bons olhos o retorno do jogador, que já passou também por Real Madrid, Manchester City, Guangzhou Evergrande e Sivasspor. O presidente José Carlos Peres, por sua vez, revelou recentemente que é a favor da contratação.
"Nós temos interesse no Robinho, sim. É um grande jogador, é líder de vestiário. Se houver possibilidade, vamos trazer, sim (...) É um Menino da Vila, não impedimos que um menino volte. Dois ou três anos acho que ainda joga muito", declarou o dirigente santista, em novembro do ano passado.
Na Turquia, algumas pessoas ligadas ao Basaksehir e ao próprio jogador não descartam, por exemplo, a possibilidade de Robinho aceitar um "convite final" para jogar num mercado alternativo, como o asiático, tudo isso para ficar longe dos holofotes. São poucos, é verdade, mas há também quem acredite até numa eventual aposentadoria já no meio do ano.