PSG mostra com Neymar sua nova "linha dura" com estrelas

Se o dono do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, disse há menos de um mês que o clube não permitiria mais comportamento de estrelas vindos de seus jogadores, nesta segunda-feira (08) o PSG colocou esta nova política em prática usando como exemplo justamente o seu atleta mais famoso: em nota oficial, a instituição expôs a ausência injustificada de Neymar dos treinos de reapresentação e abriu fogo no processo de divórcio aparente entre as partes.
“Neymar Jr não estava presente no horário e local acordados. Isto foi sem a autorização prévia do clube. O clube lamenta esta situação e, portanto, tomará as medidas adequadas”, diz parte da nota – que você pode conferir na íntegra aqui.
É o primeiro exemplo prático que reforça as palavras ditas por Al-Khelaifi, que em sua entrevista para a France Football não escondeu o grande descontentamento com os resultados do time na última temporada – marcada por um título anticlimático na Ligue 1, vice na Copa da França e outra eliminação precoce na Champions League.
“Os jogadores terão que assumir suas responsabilidades ainda mais do que antes. Deve ser completamente diferente. Eles terão que fazer mais, trabalhar mais (...) Eles não estão lá para agradar a si mesmos. E se eles não concordarem, as portas estão abertas. Tchau!”, disse o mandatário na ocasião.
Na mesma entrevista, Al-Khelaifi também falou sobre a contratação do brasileiro Leonardo para ser diretor-técnico do clube. Este, aliás, é outro ponto que pode indicar a saída de Neymar – que não esconde mais o desejo de retornar ao Barcelona, algo inclusive confirmado por dirigentes catalães. Afinal de contas, Leonardo chega para ocupar a vaga do português Antero Henrique, um dos homens fortes na contratação do camisa 10 por recordes 222 milhões de euros em 2017. Segundo informações da imprensa europeia, este movimento não teria agradado o staff de Neymar.
Mas não é apenas a nova política de cobranças internas ou a mudança de dirigentes que reforçam o iminente divórcio entre Neymar e PSG: nos últimos meses o brasileiro também viu pessoas de confianças deixando o clube, casos de Maxwell, ex-jogador que exercia função de dirigente, e do lateral-direito Dani Alves, que não renovou contrato com o clube.