A saída de Camilo para o Internacional trouxe, por empréstimo, uma contrapartida que o Botafogo já buscava há meses: Brenner. Com a chegada do jogador de 23 anos, Jair Ventura ganha uma peça importante e que não tinha em seu elenco desde que Sassá voltara a ser afastado – antes de rumar para o Cruzeiro.
O Botafogo conta apenas com um atacante de referência, aquele clássico camisa 9: Roger. Ainda que jovens como Vinícius Tanque [que fez gol na partida contra o Atlético Goianiense, pela 16ª rodada do Brasileirão] e Renan Gorne estejam no grupo, eles jamais foram vistos como substitutos à altura do artilheiro alvinegro de 2017 [13 gols].
Brenner chega para ser essa sombra e, ainda mais importante para um grupo tão enxuto, alternativa.
Atacante de área, Brenner mostrou ser um bom finalizador na primeira metade do ano no Internacional: representou um perigo na área adversária, completando as jogadas com o último toque – seja com o pé direito ou com a cabeça – e mostrou segurança nas cobranças de pênalti.
Brenner é, nos números, o grande destaque ofensivo do 'Colorado' em 2017 – ainda que a temporada da equipe gaúcha esteja repleta de crises e péssimos resultados. O jogador, emprestado até o final de 2018, ainda é o artilheiro do time no ano: 13 gols, mesmo número de Nico López e, coincidentemente, do seu novo concorrente na posição, Roger.
Ao todo, Brenner fez 7 gols no Campeonato Gaúcho e 5 na Copa do Brasil [e, por ter participado com o Inter não poderá defender o Botafogo no torneio em 2017]. Foi o artilheiro colorado em ambos os torneios. Na Série B, se não balançou as redes em 6 partidas [3 delas como titular], também não teve tantas chances.
O jogador, revelado pela base do Juventude, perdeu espaço no Beira-Rio após a chegada de William Pottker. Se desempenhar o que o clube alvinegro espera dele, representará um grande alívio na hora de montar o comando de ataque. Principalmente no Campeonato Brasileiro, enquanto Roger seguirá como titular absoluto na Libertadores e Copa do Brasil.