Se a Superliga Europeia sair do papel, alguns dos melhores jogadores do mundo podem ser proibidos de jogar a Copa do Mundo caso disputem o possível novo torneio de verão. Foi o que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, alertou, quando afirma: “Ou você está dentro, ou está fora”.
Nos últimos dias, a revista alemã Der Spiegel noticiou recentemente que Karl-Heinz Rummenigge, presidente do Bayern de Munique, e outros integrantes do clube tentaram levar alguns dos maiores clubes do continente para uma nova competição, a Superliga Europeia. As alegações surgem após documentos supostamente obtidos a partir de denúncias feitas pelo site Football Leaks, mas foram fortemente negadas tanto pelo clube alemão quanto pelo dirigente.
Mesmo assim, Infantino elevou o tom contra a proposta, afirmando que podem haver sanções maiores até mesmo contra os atletas caso a iniciativa seja concretizada.
“Se há jogadores que não jogam no futebol associado, eles não jogam e pronto; e isso engloba tudo: ligas nacionais, campeonatos de confederações, a Eurocopa e a Copa do Mundo”, disse o presidente da FIFA.
Alasdair Bell, diretor legal da Fifa, acrescentou a declaração do presidente dizendo: “A ideia é que, se você se separar, você rompe as relações. Não tem como ficar com um pé dentro e um pé fora. Esta seria a medida geral que seguiríamos, mas é claro que os advogados podem debater isso por um longo tempo”.
As novidades chegam em um momento ruim para a relação entre FIFA e UEFA, que discutem sobre os planos de expandir o Mundial de Clubes para além da estrutura atual. Para Infantino, porém, as mudanças seriam favoráveis para apaziguar o surgimento da Superliga.
“A Copa do Mundo de Clubes é a resposta para qualquer tentativa de pensar em outro tipo de liga separada”, disse o presidente.
“Se o preço a pagar é dar mais receitas aos participantes do Mundial, enquanto gerar mais fundos para o Haiti, por exemplo, ou para a Mongólia, que tem apenas dois estádios profissionais em todo o país... bem, então acho que devemos considerar isso mesmo."
A European Leagues – organização que atua em assuntos de interesse comum com clubes das 32 ligas profissionais do continente – se manifestou contra a ideia da Superliga, que considera ser de um “estilo fechado e franqueado”. Um ponto para as federações em sua 'cruzada' contra a Superliga.