Assim o VAR analisou o toque de mão de Arda Güler: "É acidental e imediato"

O Real Madrid teve que virar o jogo para ganhar do Mallorca. A vitória foi magra, mas o placar poderia ter sido maior. Os 'blancos' viram três gols serem anulados, dois deles com intervenção do VAR. Um de Kylian Mbappé e outro de Arda Güler. Este último foi o centro da polêmica após um sábado agitado para a arbitragem.
Dez minutos após o início do segundo tempo, Franco Mastantuono fez uma grande jogada individual dentro da área, cortando e chutando cruzado com a direita. Leo Román conseguiu tocar com o pé, Martin Valjent afastou e a bola bateu com força na mão de Arda Güler, indo em direção ao gol. O goleiro fez uma nova defesa, mas, dessa vez, o turco pegou o rebote e mandou para o fundo da rede.
Há algumas temporadas, não teríamos dúvidas, já que qualquer toque de mão nos momentos anteriores a um gol deveria ser punido. Mas o critério mudou. Agora, quando não é punível - a de Arda Güler é involuntária e com o braço junto ao corpo em um gesto de escondê-la - deve ser imediato, na mesma ação de marcar o gol. E foi isso que se interpretou, segundo o áudio da análise do VAR publicado pela RFEF nesta madrugada.
No vídeo compartilhado, é possível ouvir como Juan Luis Pulido Santana, no comando da vídeo-arbitragem, chama José María Sánchez Martínez, o árbitro principal em campo. "Recomendo uma revisão para que você avalie um possível toque de mão para anular o gol", diz o canário, ao que o murciano concorda: "Ótimo, vou ver".
No caminho, Sánchez Martínez cruza com Xabi Alonso, com quem conversa para dar explicações e pedir espaço. "Vamos revisar o toque de mão para ver se é imediato, sabe, Xabi? Vamos revisar o toque de mão se nessa mesma ação é imediato. Por favor, fique no seu lugar. Por favor, respeite a ação".
A partir daí, começa a revisão. "José, na minha opinião, o toque de mão existe e, na minha opinião, na jogada há uma certa imediatidade para que você avalie. Tenho duas imagens onde se vê o toque de mão e também a imediatidade", afirma Pulido Santana. "Me dê o toque de mão de perto no ponto de contato. E agora você amplia, quero avaliar a ação na imediatidade", instrui Sánchez Martínez.
Após ver, o árbitro murciano não pensa muito e rapidamente decide: "O toque de mão é acidental, imediato... vou anular o gol". O argumento do Real Madrid para protestar é que o toque de mão não ocorre na finalização ou no controle prévio, mas em um chute anterior que Leo Román defende antes de Arda Güler chutar novamente para marcar. Para Sánchez Martínez e o VAR, não há dúvida: faz parte de uma mesma ação e não de outra.