O Uruguai venceu o Egito na sua estreia na Copa de 2018, mas não fez uma grande partida em Ecaterimburgo, nesta sexta-feira (15). O gol da vitória veio apenas aos 44 minutos do segundo tempo, marcado pelo zagueiro Giménez.
A vitória suada foi um reflexo do fraco desempenho da seleção Celeste, principalmente no primeiro tempo. Apostando em um meio campo renovado, com jogadores mais novos, Tabárez escalou De Arrascaeta e Nández como titulares, deixando os experientes Carlos Sánchez e Cristian Rodríguez no banco de reservas. No entanto, sem criatividade e saída de bola no meio campo, o Uruguai pouco assustou no primeiro tempo, criando sua principal oportunidade na bola parada.
O Egito, por outro lado tentou superar a ausência da sua principal estrela, o atacante Mohamed Salah, que foi poupado pelo técnico Héctor Cúper por conta da lesão no ombro. Com o adversário mostrando dificuldades, o Egito se animou com os espaços deixados, mas acabou abusando dos erros de passe, chegando em poucos momentos perto do gol de Muslera.
Considerado favorito para avançar na primeira posição do Grupo A, o Uruguai voltou tímido para a segunda etapa. Quando a bola chegou ao ataque, Cavani e Suárez apareceram, mas o camisa nove do Barcelona parecia não estar em um grande dia. Afinal, foram ao menos três gols claros cara a cara com o goleiro adversário perdidos pelo centroavante.
Na reta final do jogo, Tabárez resolveu mexer na equipe, colocando mais experiência dentro de campo. Com o Egito recuando a sua equipe perigosamente para segurar o resultado, o Uruguai cresceu em campo. As entradas de Carlos Sánchez e Cristian Rodríguez deram fôlego e mais qualidade a equipe que passou apressionar o rival, mas continuou falhando na finalização.
Com Suárez em um mal dia, Cavani chamou a responsabilidade para si, mas também não conseguiu resolver. Em belo chute da intermediária aos 37 minutos viu El Shenawy fazer grande defesa e espalmar a bola pela linha de fundo. Cinco minutos depois, em cobrança de falta na entrada da área, carimbou a trave esquerda, levando as mãos a cabeça, sem acreditar na falta de sorte da sua equipe.
A Celeste foi para o tudo ou nada com as bolas alçadas na área. No fim, aos 44, Giménez subiu no meio de três marcadores após o cruzamento de Sánchez pela direita e testou firme no canto esquerdo para garantir a vitória do time sul-americano, "salvando" a pele de Luís Suárez. Um presente para o zagueiro que ao lado de Diego Godín fez um jogo seguro na defesa, conseguindo ainda ajudar sua equipe no momento mais importante do duelo no ataque.
15 de junio de 2018