A segunda maior invencibilidade entre as Séries A e B do Campeonato Brasileiro, vencedor do estadual e em busca da consolidação de sua carreira como técnico. Comandante do CRB-AL, Léo Condé inicia a trajetória na Segunda Divisão, nesta sexta-feira, em busca da consagração.
Fã de Levir Culpi e Marcelo Oliveira, o treinador tem uma trajetória de bons trabalhos em clubes mais modestos e nas divisões de base de América-MG e Atlético-MG. Contudo, aparece como um nome promissor da nova geração de técnicos. Marcado sobretudo pelo vicecampeonato mineiro de 2015, ele elege a passagem pela Caldese como a melhor de sua curta carreira.
"No Sampaio Corrêa, foi um trabalho bacana, dá um âmbito nacional, com uma equipe maior. Esse trabalho da Caldense, eu tive a possibilidade de fazer uma pré-temporada de 60 dias e você chegar a uma final de Campeonato Mineiro liderando o torneio de ponta a ponta. É o trabalho que guardo com muito carinho e foi o que me abriu portas", disse à 'Goal', antes de discordar, respeitosamente, das declarações de Renato Gaúcho sobre técnicos estudiosos.
"Eu fui ao curso da CBF nos últimos dois anos e praticamente todos os treinadores estão buscando se atualizar. Hoje, não é questão de ser boleiro ou ser estudioso. A gente tem que se atualizar sempre, senão sai do mercado. A gente respeita a opinião do Renato (Portaluppi), porque existem novos métodos. A gente vê um Tite, que ficou um ano fora fazendo 'coaching' e está fazendo ótimo trabalho", apontou o técnico do CRB.
Quanto ao futuro, Léo diz que os objetivos são a pensar no presente, mais nada.
"Sinceramente, sem demagogia nenhuma, meu pensamento é sempre no agora. Principalmente no Brasil. O Marcelo Oliveira foi bicampeão brasileiro com o Cruzeiro e, em três meses, já não servia mais... A gente sempre vai buscar algo melhor. Eu quero uma boa Série B, buscar o acesso e deixar as coisas acontecerem de forma natural. Chegar a uma Seleção, a um clube grande é algo natural", declarou o brasileiro, antes de relevar a importância de treinar os mais jovens.
"Me deu uma possibilidade grande de fazer uma série de experiências. Na base, o objetivo maior não é resultado, mas, sim, a formação. Eu fui experimentando uma série de sistemas de jogo, até entendendo a questão de troca de atletas e direção. Me deu oportunidade de disputar competições estaduais, internacionais, nacionais. Foram cinco anos na Holanda, na Alemanha, na Itália. Você troca uma série de experiências e informações com outros profissionais. Depois tive a oportunidade de fazer isso em equipes do interior de Minas Gerais com uma cobrança menor", concluiu Léo Condé.