O técnico Rogério Ceni comanda nesta terça-feira (18), no CT da Barra Funda, o último treino antes do duelo decisivo contra o Cruzeiro pela Copa do Brasil. As principais atenções, contudo, estão voltadas para o salão nobre do estádio do Morumbi, onde a partir das 19:00 (de Brasília) será feita a eleição para definir quem será o presidente do São Paulo até o dia 31 de dezembro de 2020.
Os 239 conselheiros aptos a votar serão chamados nominalmente para escolher entre o atual mandatário Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, 79, e o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta, 78. Além disso, também serão votados os membros do conselho deliberativo, de administração e fiscal.
O conselho de administração é uma das novidades do novo estatuto aprovado em novembro de 2016, composto por nove pessoas: o presidente, o vice-presidente, três membros independentes (podem ser remunerados e não podem ter vínculos políticos, administrativos ou de parentesco no presente ou nos três anos anteriores com qualquer membro do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal, do Conselho de Administração, da Diretoria Eleita, da Diretoria Social ou da Diretoria Executiva), um membro eleito e indicado pelo Conselho Consultivo, dentre seus membros, e três membros eleitos e indicados pelo Conselho Deliberativo. Eles terão a missão de auxiliar e fiscalizar a diretoria.
Além do conselho de administração, o novo estatuto do clube conta com outras mudanças significativas focadas na profissionalização da gestão. A partir de agora o mandato será único de três anos e com a possibilidade de remuneração para o futuro mandatário caso “dedique-se exclusivamente ao exercício das suas funções”. O valor pode ser de até R$ 27.505,00 mensais.
Além disso, toda a diretoria executiva composta pelo presidente será remunerada. O conselho também passará a ter 260 membros.
Saiba mais sobre os dois candidatos:
Leco: Sócio desde 1966 virou conselheiro do clube 20 anos depois. Nos anos 80 iniciou sua aliança com Juvenal Juvêncio e foi diretor jurídico do clube. Em 2000, tentou ser presidente pela primeira vez, mas perdeu a eleição para Paulo Amaral. Em 2002, na gestão de Marcelo Portugal Gouveia, foi nomeado diretor de futebol e, entre 2006 e 2014 trabalhou na gestão de Juvenal Juvêncio como diretor de orçamento e controle, vice de futebol e vice-presidente geral. Antes de assumir a presidência em outubro de 2015 após Aidar renunciar, estava no comando do conselho deliberativo.
Pimenta: Sócio do São Paulo desde 1952 entrou para o conselho em 1966. Entre 1984 e 1988 foi secretário geral da diretoria e foi presidente no período mais vitorioso do Tricolor, entre 1990 e 1994. No fim do mandato, porém, acabou sendo expulso do conselho por conta de uma gravação em fita cassete de um suposto diálogo em que combinava o recebimento de comissões com o empresário Francisco Monteiro. Dois anos depois, ele apresentou um laudo que apontava manipulação do conteúdo original e foi readmitido no clube. Mesmo assim, se manteve afastado da política.