Em um breve comunicado, a Polícia Civil assegurou que Cabo foi encontrado, mas não proporcionou mais informações.
O comisário Kleyton Manoel Dias, responsável da investigação, dará uma conferência de imprensa nesta terça-feira (17) para esclarecer o sucesso que tem preocupado ao mundo do futebol brasileiro.
Várias pessoas confirmaram que viram como Cabo entrava na tarde de ontem a seu domicílio e saia sete minutos depois para desaparecer de novo.
Testemunhas declararam à imprensa local que ele parecia se encontrar bem, mesmo que parecesse "um pouco enjoado".
Cabo, de 50 anos, dirigiu no sábado (14) a seu time no primeiro jogo de pré-temporada do Atlético Goianense, que perdeu por 1-0 contra o Gama.
Posteriormente, assistiu a uma reunião com amigos e quando regressou a seu domicílio de Goiânia telefonou a seu filho ao redor das 02.40 hora local. Cabo e seu filho conversaram sobre assuntos familiares e posteriormente as câmeras de segurança do condomínio registraram ao treinador saindo de carro.
"Saiu com seu carro e desde então não temos mais informações. Estava só, segundo mostram as imagens do circuito de segurança. Pensamos que foi a algum lugar perto porque deixou o telemóvel e a carteira em casa", explicou em conferência de imprensa o coronel da Polícia Militarizada Wellington de Urzêda.
"É um tipo que tem hábitos. Ou ele estava no Atlético-GO, ou na igreja ou em seu apartamento. Sua vida é uma rotina correta e por isso é muito estranho. Não usa drogas nem tem uma dupla vida. Esperamos que nada ruim tenha acontecido", afirmou o coronel.
Natural de Rio de Janeiro, Cabo começou sua carreira nos bancos em 2004 no modesto Bangu carioca.
Posteriormente, foi auxiliar de Marcos Paquetá na seleção de Arabia Saudita e do ex-internacional Jorginho no Figueirense brasileiro, assim como observador técnico da seleção brasileira durante a primeira etapa no banco de Dunga.
Depois de treinar ao Al-Nasr e Al-Arabi de Kuwait, voltou ao Brasil onde iniciou uma trajetória por vários times modestos até que em maio de 2016, assumiu o comando do Atlético Goianiense.
Com o 'Dragão', sagrou-se campeão da Série B do Brasil com 22 vitórias, 10 empates e 6 derrotas, conquistando o título de maior importância na história do clube até o momento.