EUA conquistam o mundo pela quarta vez

Daniel Fraga há 3 anos 3.7k
Estados Unidos conquistaram Copa do Mundo Feminina da França. AFP

A seleção feminina dos Estados Unidos confirmou o favoritismo e derrotou os Países Baixos por 2 a 0, garantindo o tetracampeonato mundial. A final da Copa do Mundo Feminina da França foi definida no segundo tempo, com gols de Rapinoe e Lavelle. A vitória em campo foi das norte-americanas, mas o grande vencedor foi o esporte, após uma competição que avançou na luta pela igualdade de gênero no futebol.

Acabou a maior Copa do Mundo Feminina da história. Jamais uma edição teve tanta visibilidade e gerou tanta discussão sobre igualdade de gênero. Emissoras cobriram com destaque, bandeiras foram hasteadas contra o preconceito, bares lotaram e elas provaram a quem duvidava que há muita qualidade quando entram em campo. Nos microfones, Megan Rapinoe foi a porta-voz dessa mensagem que transcende as quatro linhas e, no gramado, comandou a consagração das tetracampeãs.

Os Estados Unidos chegaram ao Estádio de Lyon com a pressão do favoritismo após conquistarem a vaga contra a Inglaterra. Tinham a melhor campanha até então, defendiam o título e somavam a maior quantidade de conquistas da competição (1991, 1999 e 2015). 

Os Países Baixos nunca haviam chegado sequer a uma semifinal de Copa do Mundo. Para avançarem à grande decisão, deixaram para trás a Suécia. Na final, Van de Sanden ficou no banco e seria opção ofensiva de velocidade para o decorrer da partida. Sarina Wiegman foi a escolhida pela técnica Sarina Wiegman para ocupar a posição.

O primeiro tempo não começou do modo como se imaginava. Em todos os confrontos dos Estados Unidos neste Mundial, as norte-americanas exerceram pressão inicial e garantiram um gol antes dos 15 minutos. Houve marcação alta e domínio de posse de bola pelo time comandado por Jill Ellis, mas nada de gol.

As finalizações que levaram perigo ocorreram na última metade da etapa inicial, quando apareceu o grande nome do primeiro tempo: Van Veenendaal. A goleira faz quatro defesas fundamentais para evitar uma desvantagem no placar dos Países Baixos.

Uma das protagonistas nesta campanha e artilheira da competição com seis gols ao lado da inglesa Ellen White, Alex Morgan liderou as ações norte-americanas a partir dos 27 minutos, mas parou nas mãos de Veenendaal. Ertz também teve boas chances, mas as equipes voltaram aos vestiários com 0 a 0 no marcador.

Após o segundo gol, os Países Baixos passaram a buscar uma reação, mas sem conseguir furar o bloqueio dos Estados Unidos. As americanas mantiveram o domínio, buscaram novos contra-ataques e até chegaram mais perto do terceiro gol do que as adversárias do primeiro.

Nos minutos finais, não houve chances reais de gol e a torcida dos Estados Unidos já festejava antes do apito final entre os 57.900 torcedores presentes. Os aplausos vindos das arquibancadas reconheceram o mérito da equipe liderada por duas das três artilheiras da competição: Rapinoe e Alex Morgan.

Foi o maior público desta Copa do Mundo, uma competição que fica para a história como um marco da evolução do esporte entre as mulheres e na luta pela igualdade de gênero. Um torneio que encheu estádios e mobilizou torcidas em todos os continentes para acompanhar um futebol feminino com alto nível de qualidade. 

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