O maior pesadelo de Messi e a prova de que ele é humano

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Todos erram, e para Messi isso também vale. Goal

Apesar da cômica surpresa de alguns, craque tem o costume de perder pênaltis.

Ele é humano. Essa foi a frase usada por Sergio Agüero para defender o amigo, companheiro de quatro na concentração e craque Lionel Messi, após o camisa 10 desperdiçar um pênalti que custou caro no empate por 1 a 1 entre Argentina e Islândia, na estreia das duas equipes na Copa do Mundo da Rússia.

Com seu talento absurdo e único, o craque protagoniza jogadas que não parecem ser desse mundo com frequência e, por isso, é chamado por muitos de ET.

Messi está longe de ser o culpado pelo tropeço da Argentina na estreia da Copa do Mundo e tentar vilanizar e culpar o craque pelo empate com a Islândia é puro oportunismo. No entanto, não deixa de ser fato que o craque desperdiçou um pênalti que poderia ter mudado a história da decepcionante estreia albiceleste.

Sim, os gênios também erram. As lendas também são humanas. E no caso de Messi, perder pênaltis é algo comum, apesar da surpresa até cômica de várias pessoas.

O craque desperdiçou cinco das últimas dez cobranças e é o jogador que mais perdeu pênaltis na história de La Liga (9). Pela seleção argentina, errou sua terceira penalidade em 16 batidas (contando apenas tempos normais, sem considerar prorrogações e disputas de pênaltis).

As duas anteriores foram em amistosos, contra Alemanha, em 2012, e Brasil, em 2014. Neuer e Jefferson foram os responsáveis por parar o craque. Contra a Nationalelf, o desperdício não teve impacto com o triunfo argentino por 3 a 1. Já contra o escrete canarinho, o time então comandado por Sabella acabou perdendo por 2 a 0.

As duas partidas, porém, não tinham o peso do embate com a Islândia, em uma estreia de Copa do Mundo. Messi também desperdiçou outra penalidade em momento crucial pela Argentina: na final da Copa América Centenário, em 2016, contra o Chile, mas não no tempo normal, e sim na disputa de pênaltis. A Roja acabou campeã e o camisa 10 sofreu seu terceiro vice seguido com a seleção.

Também chama atenção que pela primeira vez com a camisa argentina, Messi foi parado por um goleiro sem muita expressão. Neuer é um dos melhores do mundo e Jefferson e Bravo viviam grandes fases em 2014 e 2016, respectivamente. Desta vez, quem conseguiu segurar o gênio foi o arqueiro-cineasta Halldórsson, de 34 anos.

E é curioso: se por um lado, ele já tinha parado Cristiano Ronaldo na Euro 2016 e agora brecou o argentino, por outro, o islandês não defendia uma penalidade desde 9 de setembro de 2016.

O veterano goleiro-cineasta acabou sendo fundamental para escrever um roteiro daqueles dignos de filme, parando o melhor jogador do planeta e ajudando a pequena Islândia a ter um dia de gigante e uma estreia épica e dos sonhos em Copas do Mundo.

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