André Santos está em "uma transição", segundo ele mesmo. Em entrevista para o UOL, o ex-lateral de Corinthians, Arsenal e seleção brasileira falou abertamente sobre suas histórias de vida e diversos momentos de sua vitoriosa carreira.
Talvez a passagem mais marcante do jogador em algum clube tenha sido no Corinthians, entre 2008 e 2009, onde conquistou o Campeonato Paulista, a Serie B e a Copa do Brasil. Neste mesmo período, quem também marcou história no Alvinegro foi Ronaldo, com quem André ainda tem amizade. Ele relembrou como era conviver com o Fenômeno.
"Nas folgas, a gente ia pra casa do Ronaldo, virava madrugada, bebia pra caramba, curtia, fazia churrasco, fazia festa, saía para a balada. Até porque um atleta de futebol tem que ter o seu momento para tudo. Nunca deixei de fazer nada porque eu jogava futebol".
Algemas para Dentinho e Lulinha
Ainda falando sobre o Corinthians, André Santos relembrou outros momentos descontraídos na concentração do time. Em um deles, o ex-lateral até achou que Ronaldo passou dos limites com Dentinho e Lulinha.
"A gente descia pro café, eles [Dentinho e Lulinha] pegavam a chave do nosso quarto, bagunçavam, levantavam nossa cama. Quando a gente ia voltar, depois do lanche, você quer dar aquela deitada, aquela relaxada depois da janta, chegava no quarto e estava tudo bagunçado, lençol, cama virada. Quem foi? Foram os dois moleques".
Um certo dia, Ronaldo se encheu das brincadeiras das crias do terrão e juntou com outros medalhões do elenco como Elias, Cristian, Douglas, além do próprio André, para "dar o troco". O atacate ligou para um de seus seguranças e pediu algemas para prender os meninos na concentração. "O Ronaldo não sabe brincar", disse André Santos.
"Pegamos eles, levamos pro nosso quarto. Colocamos duas cadeiras, amarramos eles, prendemos com as algemas e batia, batia. Até na época daquele filme, Tropa de Elite, na época, o Ronaldo: 'Cala a boca'. E 'pá', batia na cara. 'Dentinho, cala a boca. Não chora'. A gente pegou aqueles pegadores de macarrão, ele sem camisa pegava o biquinho do peito dele, puxava assim. Isso era uma das diversas coisas que a gente fazia. Era uma bagunça".