O ex-atacante Paulo Sérgio é um dos tantos brasileiros que conquistaram o Mundial de Clubes por times europeus. Foi em 2001, quando o Bayern de Munique campeão europeu enfrentou o Boca Juniors, campeão da Libertadores, em Tóquio, no velho formato de jogo único no Japão.
A partida foi dura, de muito contato físico e sem tantas chances de gol, até que no segundo tempo da prorrogação o zagueiro ganês Samuel Kuffour evitou os pênaltis e marcou o gol do título alemão. Conquista que foi muito celebrada graças ao valor que os próprios sul-americanos do Bayern deram ao jogo.
"Nós tínhamos alguns sul-americanos na equipe como eu, Roque Santa Cruz, Pizarro e Giovani Elber, então colocamos um gás na galera porque nós sabíamos da importância que tinha aquele troféu. Tanto é que depois da conquista nós chegamos numa grande festividade na Alemanha com o torcedor gritando 'nós somos o número 1 do mundo'. Então eles viram a importância", lembra Paulo Sérgio.
Muito se fala do tratamento desigual dado à disputa, e agora os olhares estão para Liverpool e Flamengo, que ainda jogam as semifinais do Mundial de Clubes nesta semana mas são os favoritos para mais um duelo final Europa x América do Sul no próximo sábado. E Paulo acredita que na hora do embate o time inglês estará, sim, com motivação total para vencer.
"O Liverpool vem de uma sequência de jogos e não dá para ficar pensando no futuro. Mas sem dúvida, conhecendo o Klopp e como ele é competitivo, quer ganhar títulos e quer marcar a história, eu acredito que tem tudo para ser uma grande final - se der Liverpool e Flamengo".
Neste século, só Boca Juniors, São Paulo, Internacional e Corinthians conseguiram trazer o Mundial para as Américas, num pleno domínio principalmente dos espanhóis, que vêm de cinco conquistas seguidas. Totalmente interessados ou não, os times da Europa têm mantido a hegemonia. A ver o próximo capítulo.