Colômbia e Panamá têm um encontro com a história
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O State Farm de Glendale, no deserto do Arizona, será o cenário deste encontro, o sétimo da história entre ambos os países, com um saldo até agora de quatro vitórias para os cafeteros e duas para os canaleros.
A equipe dirigida por Néstor Lorenzo parece imbatível. Encadeia 26 partidas sem perder, a uma de igualar sua melhor sequência de sempre: os 27 da era de Francisco Maturana, entre 1992 e 1994. Nesta Copa América, nos Estados Unidos, soube segurar a vitória (2 a 1, contra o Paraguai), golear (3 a 0, contra a Costa Rica) e reverter um resultado adverso (1 a 1, contra o Brasil).
Agora, enfrenta uma nova situação, mais perigosa que qualquer uma das anteriores: disputar a classificação para as semifinais contra Panamá, a 'Cinderela' das quartas, que pela primeira vez chegou tão longe no torneio.
Lorenzo já havia alertado seus jogadores ao final da fase de grupos: "Vamos respeitá-los porque é um adversário perigoso".
Além da necessidade de não relaxar, o treinador argentino terá que encarar a batalha contra os panamenhos sem uma de suas peças-chave no meio-campo: Jefferson Lerma.
O volante do Crystal Palace levou um cartão amarelo por se envolver em uma confusão na partida contra o Brasil e ficará de fora das quartas por acumulação de cartões. Mateus Uribe e Kevin Castaño são os principais candidatos para substituí-lo.
Jhon Lucumí, zagueiro do Bolonha, que se lesionou na primeira rodada, provavelmente, não se recuperará a tempo dos problemas musculares. Também há dúvidas na lateral-esquerda, embora por motivos técnicos, entre Johan Mojica e Deiver Machado.
No ataque, espera-se James Rodríguez, que recuperou seu melhor nível com a Seleção após meses desaparecido no São Paulo, Luis Díaz e Jhon Córdoba, que se firmou na posição de '9', em detrimento de Santos Borré.
Panamá tem pouco a perder e muito a ganhar. Ninguém esperava que superasse um grupo com Uruguai e Estados Unidos, mas eliminou o anfitrião e se classificou pela primeira vez entre os oito melhores da América.
Um grande prêmio para uma Seleção que sofreu baixas significativas antes do torneio, entre elas a do seu capitão Aníbal Godoy.
Sem pressões de qualquer tipo, a equipe centro-americana quer surpreender. Nada de se trancar na defesa. "Nós vamos sair para jogar, como temos feito", adiantou o atacante Freddy Góndola, às vésperas da partida.
No entanto, o zagueiro José Córdoba, que acabou de assinar com o Norwich, acredita que as chances de vitória dependem de serem "muito eficientes no ataque" e evitar faltas próximas à área e escanteios, onde a Colômbia é muito forte.
O técnico hispano-dinamarquês Thomas Christiansen continuará sem poder contar com o meio-campista Adalberto Carrasquilla, que cumprirá seu segundo e último jogo de suspensão.
Panamá aposta em seu potente físico, mas também na história. Dois precedentes lhe favorecem. Na Copa Ouro de 2005, os canaleros não só venceram uma, mas duas vezes a Colômbia. Primeiro na fase de grupos (1 a 0) e depois em uma tensa semifinal (3 a 2).
O vencedor da eliminatória enfrentará um adversário difícil nas 'semis': Uruguai ou Brasil.
Colômbia: Camilo Vargas; Daniel Muñoz, Carlos Cuesta, Davinson Sánchez, Deiver Machado ou Johan Mojica; Mateus Uribe ou Kevin Castaño, Richard Ríos, Jhon Arias; James Rodríguez, Luis Díaz e Jhon Córdoba.
Panamá: Orlando Mosquera; Eric Davis, Edgardo Fariña, José Córdoba, Michael Murillo; Cristian Martínez, César Blackman, Édgar Yoel Bárcenas, Jovani Welch, Carlos Harvey; e José Fajardo.