O futuro presidente da CBF promete dar autonomia a Ancelotti

"Precisamos dar autonomia, deixá-lo trabalhar sem interferências externas. Esperamos que, com o trabalho dele, possamos colocar a seleção brasileira no lugar de onde ela nunca deveria ter saído", disse Xaud em entrevista ao canal TNT Sports.
Xaud, que é candidato único nas eleições do próximo domingo, afirmou que a assessoria jurídica da CBF entrou em contato com Ancelotti e o tranquilizou após os vaivéns judiciais da última semana.
Na semana passada, um tribunal do Rio de Janeiro destituiu o então presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, por uma suposta fraude em uma assinatura de um documento da entidade.
Rodrigues foi destituído três dias depois de anunciar a contratação de Ancelotti como novo treinador da seleção brasileira.
Após essa decisão judicial, a CBF convocou novas eleições, embora, na prática, o resultado já esteja decidido, pois a maioria das federações regionais do país concordaram em apoiar um único candidato, Samir Xaud.
O futuro presidente da CBF é filho do atual presidente da Federação de Roraima, Zeca Xaud, que está há quatro décadas à frente da entidade.
Samir, médico de profissão, está há dois anos à frente da Federação de Roraima como gestor e, no início deste ano, foi eleito para suceder o pai como presidente da entidade, em um mandato de quatro anos que começará em 2027.
Roraima é um pequeno estado amazônico com pouca tradição no futebol, onde há dez clubes federados, entre os quais apenas um, o Grêmio Atlético Sampaio, disputa uma competição nacional, na quarta divisão.
Ancelotti, atualmente técnico do Real Madrid, é esperado no Rio de Janeiro no dia 26 de maio para sua apresentação oficial no Brasil e para anunciar, no mesmo dia, sua primeira convocação da seleção visando os dois próximos jogos das eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2026: contra Equador e Paraguai.