Prefeito do Rio de Janeiro não quer volta do futebol em maio

Na última segunda-feira(13), médicos de vários clubes do futebol carioca se reuniram para discutir os protocolos a serem adotados no momento em que o Campeonato Estadual retornar. A ideia inicial seria de que, pelo menos até o dia 15 de maio, a bola voltasse a rolar no Rio de Janeiro. No entanto, 'Goal' apurou que, o prefeito da cidade, Marcelo Crivella, não quer nem ouvir falar sobre este assunto.
Os clubes do Rio chegaram a um acordo e decidiram que o Carioca será finalizado dentro de campo. Há quem acredite que apenas duas semanas seja suficiente para encerrar a competição. O Flamengo, por exemplo, deseja finalizar o torneio e deixar as demais datas livres para o Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores, mesmo que, essas competições sejam iniciadas apenas em junho/julho.
O Rubro-Negro, inclusive, se espelhou no Bayern de Munique, que voltou os treinos na Alemanha, na última semana. Cerca de 600 kits de testes contra o covid-19 foram encomendados, além de uma cartilha especial voltada para a prevenção dos jogadores no retorno aos treinos.
A iniciativa do Flamengo foi elogiada, mas ao mesmo tempo, chegou-se a conclusão de que nem todos os times do Rio têm condições de agir da mesma forma e oferecer a mesma segurança aos seus jogadores. Além disso, o prefeito Marcelo Crivella, não quer ver o retorno do futebol tão cedo na cidade. na última segunda-feira(13), Crivella, em entrevista coletiva, afirmou que as medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus serão mantidas e não há data prevista para acabar.
"Nesta reunião foram debatidas todas as medidas de isolamento social tomadas pela prefeitura e a conclusão foi de que devem ser mantidas. Nesse momento, elas não poderão ser diminuídas. Além disso, foram ratificadas as recomendações de melhorar a performance de internação de idosos nos hotéis (apenas 50 das mil vagas foram preenchidas) e aprimorar o enfrentamento às aglomerações nas estações e no interior dos transportes públicos", disse o prefeito.
O mesmo vale a respeito do futebol, mesmo com a intenção dos clubes de que, inicialmente, os jogos sejam realizados sem público, Crivella não vê necessidade de voltar o futebol em maio. Um dos epicentros da doença, a cidade do Rio de Janeiro, ainda espera uma aceleração dos casos nas próximas semanas e quer focar todos os esforços no combate a doença.
No último final de semana, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que os meses de maio e junho serão os mais duros para o Brasil na luta contra o covid-19. E é com esta conta que a prefeitura do Rio tem trabalhado. Os especialistas que auxiliam Crivella, acreditam que será necessário pelo menos mais dois meses e meio para que as coisas começem a voltar ao normal.