Messi x Neymar: um rendimento idêntico desde a separação

Embora tenhamos que esperar até fevereiro, e quem sabe como serão os dois então, o jogo mais atraente que mostrou o sorteio das oitavas de final da Liga dos Campeões é o que acontecerá entre Barcelona e PSG. Se o confronto já era bom, a possibilidade de Messi e Neymar coincidirem no próximo ano no Parc des Princes deixa tudo melhor ainda. A única certeza é que os dois se enfrentam em um jogo de clubes desde que o brasileiro saiu em julho de 2017. Quem tem o melhor desempenho? Como eles sobreviveram um sem o outro depois de serem tão bons amigos no campo? A resposta está no ProFootballDB.
E apesar de o argentino ter rendido mais do que o brasileiro, tanto no nível coletivo como nas marcas pessoais, seu desempenho em campo fala de médias muito parecidas. Na verdade, eles são quase a mesma pessoa falando de dados. Há o asterisco no fato de que no mesmo tempo Messi jogou 65 partidas a mais (163-98). Porque Neymar ficou lesionado por muito tempo e porque o Barça está em mais competições do que o PSG. Mas as médias primárias saem desse empate quase técnico: 0,83 gols e 0,39 assistências por jogo para o capitão do Barça, 0,81 e 0,41, respectivamente, para o brasileiro.
Especificamente, são 135 gols e 64 assistências de Messi em 163 jogos, em 13.607 minutos. Estamos falando do fato de que por jogo ele gerou 1,22 gols direta ou indiretamente. E embora muito se fale de seus problemas para marcar nesta temporada, a verdade é que a continuidade tem pautado sua atuação desde que ficou sem uma das três pernas do tridente 'MSN'.
Neymar, por outro lado, deu o que falar neste momento, embora seja verdade que com o detalhe de que está em um campeonato menor, apesar de estar entre as Top 5 ligas. Embora os antecedentes da sua saída para o PSG sejam bem conhecidos, sempre defendeu que queria deixar o Barcelona para ter chances de ganhar a Bola de Ouro. A verdade é que em nenhuma destas temporadas ele apresentou uma candidatura real, apesar dos números o terem deixado em ótima posição: 1,29 gols gerados por jogo graças aos seus 79 gols e 40 assistências em um total de 8.330 minutos (98 jogos).
Revendo os principais conceitos ofensivos a cada 90 minutos de jogo, as semelhanças aumentam. Estamos falando de um desempenho quase igual em médias de gols (0,89 de Messi, 0,85 Neymar), assistências (0,42 vs 0,43), chutes a gol (2,67 vs 2,01), recuperações no campo oposto (2,02-2,04) e a porcentagem de dribles com sucesso (51,9-50,77).
O brasileiro domina nas faltas sofridas (2,33 vs 4,53), tentativas de dribles (11,69-14,7), duelos ofensivos vencidos (9,43 vs 11,59) e naquele em que vencer significa perder: perdas de bola (12,69-18,14). Com Léo melhor nos passes para a área (8,03 a 7,21), vemos que Ney vence em seis das seções, contra as cinco em que seu amigo e ex-companheiro vence. Para definir em poucas palavras: Messi é mais cortante, Neymar mais equilibrista.
Dentro dessa paridade, encontramos tendências diferentes que são bem capturadas no radar de desempenho de cada um nessas três temporadas, além do que foi reproduzido dessa vez. O foco vai para Neymar, com tendência mais regular do que Messi. O argentino viveu seu pico na temporada 2019-20 e é nessa que contribui menos estatisticamente. Por sua vez, o brasileiro atingiu o auge em seu primeiro ano fora do Camp Nou, e depois foi capaz de manter um tom uniforme nos aspectos mais decisivos do jogo ofensivo.
Quanto à forma como atuam em campo, cada um apresenta um perfil: 25% das jogadas do jogador do PSG acontecem no lado esquerdo, enquanto o posicionamento do jogador do Barcelona é simétrico no lado direito. Praticamente 40% de seus movimentos acontecem na intermediária.