Companheiro de Mesut Ozil nas seleções da Alemanha, o atacante Thomas Muller, do Bayern de Munique, foi mais um a comentar a decisão do meio-campista de não defender mais as cores do país.
Ozil declarou sua aposentadoria do selecionado por ter se considerado um ‘bode espiatório’ para críticas após a chocante eliminação da Alemanha na fase de grupos da Copa do Mundo de 2018. Antes do torneio, ao lado de Ilkay Gundogan, ele tirou uma foto ao lado do controverso presidente da Turquia – país de seus pais - Recep Tayyip Erdogan.
As críticas sofridas, inclusive por parte de dirigentes da DFB (a federação alemã de futebol), fizeram com que Ozil optasse por não mais defender a seleção alemã. O atleta tamém fez acusações de racismo. Muller, no entanto, não concorda com a afirmação do ex-companheiro.
“Essa discussão toda começou por causa de gente de fora”, disse nesta sexta-feira (03), em entrevista coletiva. “É claro que os protagonistas deste assunto tiveram algumas atitudes infelizes, tanto os dois executivos da DFB quanto os jogadores”.
“Mas, na verdade, este debate é hipócrita pelo lado da imprensa. Por causa deste debate, a mídia consegue a circulação. A DFB queria resolver com calma, mas a imprensa sempre perguntava, em todos os momentos. A discussão ficou maior do que era e agora vocês conseguiram o que quiseram”.
“Por causa do número de vendas, é claro. Isso é excelente, porque agora vocês podem perguntar sobre. Para nós, jogadores, esse assunto nunca foi tão grande quanto foi propagado, mas é claro que fomos e ainda estamos sendo confrontados por isso”.
“Então agora finalmente podemos encerrar este debate, e nos concentrarmos apenas no futebol, porque racismo dentro da seleção nunca foi um tema”, finalizou.