Ninguém espera nada desta Itália, mas esse camisa e aquelas quatro estrelas que vestem a "azzurra" sempre merece o respeito, porém esta segunda-feira não foi o dia.
E não era o dia porque não havia nada para ajudá-los. Como um cientista maluco, Mancini viu em Lisboa o cenário perfeito para experimentos e mudou para mais da metade de uma equipe em referência ao do primeiro round da Liga das Nações. O experimento não funcionou, nem deixou argumentos sobre o campo.
A Itália era inferior, era uma senhora que se queixava às novas gerações com o típico: "Esses jovens não respeitam nada". A história pouco assustou alguns portugueses que comeram a Europa, mas acabaram com fome. Uma geração desprovida de seu líder que carecia de destreza e temperamento nos momentos mais importantes, mas aos quais ele deixou a vontade de continuar batendo na mesa.
'Silvando'
O avançado português não parou de surpreender. Não houve faísca no final, o espírito de Cristiano estava faltando, mas eles deixaram claro que sem sua estrela, eles brilham juntos. Bernardo Silva e André Silva foram os mais proeminentes. Um conjunto associado a um Bruma com desejo, mas desafortunado de cara a cara com o gol.
O atacante do Sevilla era a pólvora e o do City, o fusível. A partir da ponta as peças começaram e tudo terminou em um André Silva que só foi superado pelo tamanho da defesa italiana e, acima de tudo, por um desempenho notável de Donnarumma 'Gigio'. Rubén Neves e William Carvalho deram o balanço do centro do campo.
O goleiro italiano deixou três mãos salvadoras, mas não conseguiu fazer nada quando, no início do segundo tempo, André Silva atacou seu longo poste. A jogada começou por uma perda absurda no centro do campo italiano e uma arrancada de Bruma. A falta de concentração no meio-campo derrubou o trabalho do goleiro.
A Itália só foi vista com as entradas tardias de Belotti e Berardi, mas naquela altura eram apenas eles que acreditavam na virada. Ele só teve alguns receios irrelevantes, Rui Patrício, mas conseguiu regressar a casa com a tranquilidade de ter deixado o golo a zero.
Os três pontos abrem o armário de um Portugal que não havia jogado na Liga das Nações e afundou a Itália, que empatou no primeiro jogo.