Quando o apito final soou no Morumbi no último sábado (22), o estádio foi tomado por vaias. O empate do São Paulo por 1 a 1 com o América-MG impediu o time tricolor de abrir vantagem na liderança no Campeonato Brasileiro e irritou o torcedor.
O problema não foi só o resultado. Se no empate por 1 a 1 com o Fluminense e na derrota por 1 a 0 com o Atlético-MG as atuações da equipe foram elogiadas, no tropeço contra o Coelho o desempenho coletivo foi ruim.
"Não fizemos um bom jogo. Não tivemos a agressividade que acostumamos, não conseguimos fazer outro gol que nos daria uma tranquilidade. Eles aproveitaram a bola que tiveram do jogo. São coisas que não podem acontecer", disse o técnico Diego Aguirre.
A apatia reflete o desempenho tricolor no segundo turno. Campeão simbólico da primeira metade do Brasileirão, o São Paulo vem patinando desde então. São duas vitórias, quatro empates e uma derrota, com apenas cinco gols nestas sete partidas. A equipe paulista não vence uma partida com mais de um gol de diferença desde o 2 a 0 sobre a Chapecoense em 19 de agosto.
A queda de rendimento tem como um dos motivos a sequência de desfalques que Aguirre enfrentou. Destaque do time, Everton se lesionou contra o Ceará, na segunda rodada do returno, e apesar de participar do clássico com o Santos, voltou a sentir problemas físicos e não retornou. Reinaldo e Liziero foram testados na posição de ponta esquerda, mas o desempenho ofensivo tricolor segue baixo.
Ainda não se sabe quando o atacante estará 100%, mas o São Paulo está de olho em uma sequência dura. No próximo domingo (3), o Tricolor visita o Botafogo, e enfrenta nas duas rodadas seguintes Palmeiras (no Morumbi) e Internacional (no Beira-Rio), as equipes que estão forte na briga pela liderança. Caso o time de Diego Aguirre não recupere seu ritmo para estas "finais", o título será um sonho mais distante.