A semifinal da Copa América entre Brasil e Argentina, que será disputada terça-feira (02) no Mineirão, vai marcar muitos reencontros de jogadores que atuam em um mesmo time, mas que por causa de suas nacionalidades terão que duelar por uma vaga na grande decisão continental. Consequentemente, mostra o poderio de três clubes europeus no maior clássico entre seleções sul-americanas: PSG, Manchester City e Barcelona.
Somando os dois elencos, PSG e Manchester City dominam respectivos conjuntos de Brasil e Argentina: são cinco para os franceses [incluindo ainda Dani Alves, que defendeu os parisienses na última temporada mas já anunciou a sua saída] e o mesmo número para os ingleses. Quando listamos titulares que entraram em campo nos confrontos de quartas de final, o Barcelona entra para fazer companhia a Paris Saint-Germain e aos Citizens.
Esta parceria de brasileiros e argentinos no futebol de clubes europeu há tempos não é mais novidade. Em 2007, ano em que o Brasil venceu a Argentina e conquistou o seu último título de Copa América até aqui, já eram vários os exemplos: o lateral-direito Maicon defendia a Internazionale de Milão na época e reencontrou-se com Javier Zanetti, Hernán Crespo, Cambiasso e Burdisso; Anderson e Lucho González eram do Porto enquanto Robinho e Fernando Gago eram esperanças de títulos para o Real Madrid.
Em 1990, o volante Alemão foi um dos mais criticados na eliminação para a Argentina na Copa do Mundo por não ter feito uma falta em Maradona, seu amigo e companheiro de Napoli, na jogada em que o camisa 10 serviu Caniggia para fazer o gol que decretou a derrota e despedida daquele torneio.
A interação maior entre os grandes destaques de Brasil e Argentina fez com que muito dos desentendimentos, mais comuns no passado em que eles se encontravam apenas no clássico entre as seleções, diminuísse. Foi um processo que aconteceu ao longo das últimas três décadas. Hoje, reflete muito bem o poderio europeu na hora de fazer contratações: PSG e City são clubes considerados como “novos ricos”, que passaram a mostrar sua força somente depois de grande injeção de dinheiro para se tornarem potências europeias.
Mas apesar de as brigas terem diminuído em relação ao histórico até mesmo hostil, a rivalidade entre as camisas canarinho e albiceleste segue muito viva. E terá um capítulo recheado de tensões [e reencontros] na semifinal desta terça-feira (02) dentro do Mineirão!