O Corinthians garantiu o seu sétimo título brasileiro na última quarta-feira (16), ao bater o Fluminense, de virada, por 3-1. Abaixo, relembre de maneira muito reduzida como os outros esquadrões campeões do Timão jogavam!
O Corinthians disputou um total de 35 jogos, venceu 12 e perdeu apenas cinco vezes no caminho rumo ao seu primeiro título brasileiro.
O time jogava em função de Neto, e quando o Xodó da Fiel não conseguia entregar o melhor do ponto de vista físico, Tupãzinho (herói do título sobre o São Paulo) ajudava na marcação e até o atacante Fabinho rodava pelo campo para ajudar a tapar espaços. Um 4-2-3-1 sem referência de profundidade, que muitas vezes parecia um 4-3-3.
A caminhada rumo ao segundo título, em 1998, teve como destaque um meio-campo forte e muito habilidoso. Na prática, um 4-2-2-2 com alternâncias para o 4-4-2 em losango. Marcelinho Carioca era o meia que mais se aproximava aos atacantes. O time terminou a campanha com melhor ataque (57 gols) e ficou com o troféu depois de bater o Cruzeiro por 2-0 após dois empates com os mineiros.
A estrutura do time campeão na temporada anterior se manteve, e ainda recebeu os reforços de Dida sob as traves e Luisão no ataque. Marcelinho seguia decidindo partidas, em um meio-campo seguro com Vampeta e Rincón. Mas o grande destaque foi Ricardinho: o meio-campista foi o grande maestro, sendo o principal responsável por eliminar o São Paulo na semifinal, deixando a sua marca nas duas partidas. O título veio após empate sem gols com o Atlético-MG.
O experiente Antônio Lopes chegou no final da campanha e herdou o time ajeitado por Márcio Bittencourt, que conseguiu arrumar o grupo após a passagem turbulenta do argentino Daniel Passarella. Naquele 4-1-3-2, quem brilhou foi outro hermano: Carlitos Tévez fez 20 gols dentre os 87 anotados pelo Timão, que pela primeira vez levantava o título na era dos pontos corridos. Nas campanhas vitoriosas, foi em 2005 que o ataque foi mais prolífico.
Em 38 jogos, foram apenas 36 gols sofridos. O ataque, embora contasse com Liédson, não foi o forte. A caminhada rumo ao título ficou marcada por um futebol seguro defensivamente, sendo que o meio-campo com Ralf e Paulinho era um dos pontos altos da equipe treinada por Tite. Um 4-2-3-1 que já ensaiava o 4-1-4-1 de 2015.
Já considerado um dos melhores treinadores do país, Tite retornou ao Parque São Jorge e reorganizou o time em meio a saídas importantes [Guerrero, Sheik, Fábio Santos e Petros]. Fiel ao 4-1-4-1 que pressionava o adversário desde o ataque, com Vagner Love incansável no primeiro combate, o Corinthians foi seguro e chegou a engatar uma incrível sequência de 17 jogos invicto – da nona até a 25ª rodada.
Sem ser considerado um dos favoritos, o Corinthians já entrou no Brasileirão tendo dado a resposta pelo título paulista – quando havia sido apontado como ‘quarta força’. O primeiro turno foi espetacular, o melhor de um time em uma metade do certame desde a adoção de pontos corridos.
Em campo, o 4-1-4-1 foi se transformando em um 4-2-3-1: os gols de Jô, referência e exemplo de recuperação, e o esforço do incansável Romero – limitado, mas de papel tático importantíssimo para o time - merecem destaque. Uma conquista sem protagonistas individuais, mas que exalta o senso de grupo coeso sob o comando de Carille.