Jô é o artilheiro do Corinthians na temporada, balançou as redes em todos os clássicos disputados até aqui na temporada e está em alta com a torcida. Nesta quarta-feira (19), o atacante é uma das principais esperanças no duelo decisivo pela Copa do Brasil, que marcará o reencontro do jogador com o clube pelo qual teve o seu pior desempenho até hoje na carreira.
O centroavante, que não participou do jogo de ida no Beira-Rio, chegou a ser afastado duas vezes do Internacional entre 2011 e 2012. Segundo ele, merecidamente por conta de indisciplinas e lesões. Além disso, ele não conseguiu apresentar o futebol que se esperava e fez com que o Colorado o tirasse do Manchester City.
"Existe uma grande diferença (entre o Jô do Inter e o do Corinthians), hoje sou um cristão. Ali foi um período da minha vida em que só pensei em mim mesmo, e achava que minhas atitudes não teriam consequências graves. Acho que fiz dois ou três jogos bons no Inter. Acarretou muita coisa. Foi uma passagem muito ruim na minha vida como profissional", afirmou Jô.
"É uma decisão, Copa do Brasil, contra um ex-clube meu. Não guardo mágoa de ninguém de lá, fui punido por merecimento, por erros meus, mas sempre se trata de um jogo diferente. Vou com a mesma vontade, querendo ajudar o Corinthians", completou.
Depois do Inter, Jô deu a volta por cima no Atlético-MG sendo campeão da Libertadores e, inclusive, convocado em 2014 para a Copa do Mundo. Depois, porém, viveu novamente com problemas extra-campo. Só no Corinthians, mais maduro e consciente, ele se reencontrou mais uma vez.
No entanto, quando foi anunciado seu retorno ao clube em novembro do ano passado, a desconfiança de todos era grande por conta do seu passado e também das suas últimas experiências no futebol árabe e chinês. O tempo, porém, deu a resposta, e hoje Jô é um dos principais destaques da equipe comandada por Fábio Carille.
Jô atuou em 22 dos 24 jogos do Corinthians em 2017. Ao todo, já balançou as redes seis vezes. O número, inclusive, é superior ao dos centroavantes Lucas Pratto e Miguel Borja, que chegaram ao São Paulo e ao Palmeiras, respectivamente, com mais pompa.
"Prefiro nem ser tão badalado, continuar na minha, fazendo meu trabalho. O Pratto e o Borja têm um passado recente bom, valores altos, e eu vim de seis meses sem jogar. É natural que as coisas pendam para o outro lado, mas fazendo meu trabalho as coisas vão mudando de lugar", finalizou.