Anunciado na quinta-feira como novo treinador do Santos, Jorge Sampaoli possivelmente deve frear o desejo do clube de repatriar Paulo Henrique Ganso, que atualmente tenta rescindir o contrato de empréstimo com o Amiens, da França.
Contratado do São Paulo pelo Sevilla em junho de 2016 curiosamente por insistência do próprio argentino, o meia não correspondeu dentro de campo e, por isso, acabou por ser afastado do time. Durante o período sem jogar, o brasileiro nem nem sequer recebia um "bom dia" ou um "boa tarde" quando cruzava com o treinador nas instalações do clube.
A curta passagem de Sampaoli pelos nervionenses (53 jogos) foi marcada por diversas outras polêmicas. Não tinha o apoio de boa parte do plantel, sobretudo dos jogadores espanhóis, era criticado pela forma como administrava as substituições nos jogos e, para piorar, deixou o clube tendo forçado a saída para assumir a seleção da Argentina. Na ocasião, a atitude foi duramente reprovada por dirigentes e torcedores.
A chegada de Jorge Sampaoli ao Santos deve afastar de vez a chance de Ganso voltar. Treinador foi o grande responsável pela contratação do meia no Sevilla, mas deixou o clube espanhol carregando um péssimo relacionamento com o jogador que hoje está (insatisfeito) no Amiens
Mesmo com a saída do argentino, Ganso seguiu encontrando dificuldades para conseguir espaço na equipe espanhola. Também foi pouco aproveitado pelos sucessores Eduardo Berizzo, Vincenzo Montella, Joaquín Caparrós e mais recentemente Pablo Machín, que foi o responsável por liberá-lo por empréstimo ao Amiens.
No futebol francês desde agosto deste ano, o meia até teve um início promissor, mas rapidamente caiu de produção e passou a ser reserva. Incomodado, pediu nesta semana para que o vínculo (válido até junho de 2019) seja rescindido e, com isso, rapidamente despertou o interesse de clubes da China e principalmente do Brasil. Além do Santos, Flamengo, Internacional e São Paulo têm interesse no jogador de 29 anos.