"Era totalmente imprevisível, sem fatores de risco cardiovasculares e sem história familiar de doença cardíaca em idades precoces", explicou Puga em declarações publicadas pelo "Expresso".
Segundo o médico, trata-se de uma doença "silenciosa", que evolui lentamente e que, a qualquer momento, "fruto da conjugação de alguns fatores, pode causar o entupimento de uma artéria e um enfarte".
"O problema de uma falta de assistência rápida poderia ter consequências complicadas agudas ou futuras para o coração, como arritemias e necrose do músculo cardíaco, incluindo a morte súbita", referiu.
Casillas sofreu um enfarte durante um treino com a sua equipa, quando avisou que sentia um "mau estar geral", segundo Puga. Isso permitiu que fosse atendido pelas equipas médicas do clube e transportado para o hospital para se submeter a um cateterismo.
O médico do Porto voltou a insistir que ainda é cedo para falar sobre o futuro no futebol do guarda-redes, que iniciará "precocemente" o programa de reabilitação cardíaca.
"Poderá e deverá fazer atividade física mas a decisão de continuar a jogar dependerá de uma avaliação profunda com a realização de outros exames, da ponderação de muitos fatores que incluem a resposta a medicação e a vontade do atleta", disse.
O Porto enfrenta este sábado o seu primeiro encontro depois do susto, um duelo com o Desportivo das Aves decisivo na luta pela Liga e em que não se esquecerão do espanhol, a quem nesta sexta pela tarde visitaram no hospital.
O treinador dos dragões, Sérgio Conceição, publicou este sábado nas redes sociais uma foto da visita em que aparece com Casillas e com o resto do corpo técnico. "Muito mais que uma equipa técnica, juntos no futebol e na vida". escreveu como legenda.