A última foi a de Anfield. Esse 7 de maio de 2019 não será facilmente esquecido nem pelo Barça, nem pelo barcelonismo, nem por Leo Messi. Foi a última, mas não a primeira.
Contra a Roma, um ano antes, Leo Messi sofreu outra contundente virada, ao deixar escapar uma vantagem de três gols (4-1 e 3-0). Essas foram as última, e mais alarmantes derrotas de Messi como azulgrana.
Mas houveram mais. Talvez o primeiro grande revés que Messi levou como jogador do Barcelona foi em 2010. Já consagrado como um jogador com algo além de um brilhante futuro pela frente, o Barça de Messi encarou a Inter de Mourinho nas semifinais da Champions League.
O Barcelona tinha perdido por 3 a 1 na ida, em Milão, e foi com tudo ruma a virada na volta. Não foi possível. O Barcelona bateu de frente com o muro 'nerazzurri', mesmo jogando com um a menos por mais de uma hora. O gol de Piqué, no 84', deu esperanças aos azulgranas, mas o Barcleona nadou para morrer na praia.
A Champions deu mutias alegrias para Leo, mas também algumas noites terríveis. Depois da Inter chegou o Chelsea, dois anos mais tarde. Um cenário similar (precisava de uma virada no Camp Nou), o Barça saiu com tudo, e por alguns instantes os 'culés' sonharam com uma noite épica.
Busquets empatou o mata-mata com trinta minutos de jogo, também jogando contra dez, e Iniesta colocou as cores do Barça no 43', mas Ramires, segundos antes do intervalo, colocou o Camp Nou de cabeça para baixo.
Depois de um segundo tempo desesperado, um contra-ataque aos 90' culminou com o gol de Fernando Torres, apagando o sonho da Champions de Messi. Para completar, o argentino perdeu um pênalti na partida.
A última noite triste de Messi antes do fatídico episódio do Estádio Olímpico de Roma aconteceu nas semifinais de 2013. Não foi uma derrota dura, foi humilhante. Porque o placar global terminou com um sonoro 7-0 a favor do Bayern de Munique.
O golpe foi tão cruel que depois dos 4-0 na ida, Messi foi reserva no Camp Nou, e nem sequer foi para o aquecimento. Porque a sensação geral era de que não existia a possibilidade de se levantar.
Também escapou das mãos de Messi a 'final' contra o Atlético de Madrid na última rodada da Liga 2013-14, uma partida que terminou empatada em um a um e com os 'colchoneros' como campeões da Liga pela primeira vez desde muito tempo.
Mas sem dúvidas, o que mais dói em Messi são as derrotas com a camisa da Argentina. No Barcelona ele perdeu partidas dolorosas, mas nunca foi visto tão sentido depois de perder três finais consecutivas.
Brasil 2014, Chile 2015 e a Copa América Centenário 2016. Três finais, três golpes diretos no coração argentina da 'Pulga'. Uma mais sofrida que a outra: na prorrogação, por pênaltis, e por pênaltis com ele desperdiçando a sua cobrança. Até o ponto de anunciar, entre lágrimas, que não iria mais vestir a camisa da Seleção.
O futebol deu muito para Messi, e Messi deu muito ao futebol, mas até os melhores do planeta têm as suas noites que, jogando melhor ou pior, preferem esquecer.