Com a possível saída de Lionel Messi do Barcelona, vários clubes do futebol mundial renovaram suas esperanças em contar com um dos maiores jogadores da história na próxima temporada. É claro que o investimento para tal seria altíssimo, portanto, é um sonho que poucos podem ter de verdade. Recém campeão da Liga dos Campeões, o Bayern de Munique foi um dos clubes especulados para contratar o camisa 10, mas já descartou qualquer possibilidade disso acontecer.
O Bayern de Munique tem uma política mais rígida para contratações e não costuma gastar grandes fortunas em nomes já consagrados no futebol. Philippe Coutinho chegou por empréstimo, mas o clube se recusou a comprá-lo em definitivo pelas altas cifras envolvidas, o que também pode acontecer com Perisic.
O clube bávaro prefere investir seus milhões de euros em jogadores jovens, promissores, que ainda não estejam com o preço super inflacionado. Esse foi o caso de Coman - revelado pelo PSG e autor do gol do título da Champions no último final de semana - Gnabry, Kimmich, Davies, Alaba e, agora, Leroy Sané, ex-Manchester City.
Mas além da política, Karl-Heinz Rummenigge, CEO do Bayern, afirmou que o clube bávaro não tem recursos suficientes para fazer um investimento deste porte no momento.
“Não podemos pagar por um jogador desse tamanho. Não faz parte da nossa política e filosofia”, explicou o dirigente ao 'Tuttosport'.
“Sinceramente, ouvir que o Messi poderia deixar o Barcelona me deixa um pouco triste. Leo escreveu a história desse clube e na minha opinião ele deveria encerrar sua carreira com o Blaugrana. Existem aspectos internos e privados que não conheço e é por isso que não vou interferir”, completou.
A postura do clube foi similar quando Cristiano Ronaldo deixou o Real Madrid. O Bayern não procurou o português que acabou assinando com a Juventus, da Itália.
Mas além da política do clube em contratações e das questões financeiras, a presença de Robert Lewandowski faz com que os bávaros não tenham a necessidade de correr atrás de mais um grande astro do futebol. O polonês foi o grande destaque da temporada 2019/20, principal nome do Bayern na conquista da tríplice coroa, e é o favorito para levar o prêmio 'The Best', da Fifa.
“Tínhamos, e ainda temos, Lewandowski. Não precisávamos de um atacante como o Ronaldo”, destacou Rummenigge. “Mas a Juventus foi muito bem. Foi uma compra bem-sucedida sob todos os pontos de vista. CR7 marcou muito e em jogos importantes. E graças à sua imagem global, ele fez a Juventus crescer comercialmente”, completou.
Para o CEO do Bayern, Lewandowski, Messi e CR7 são parecidos, obcecados pelo alto rendimento dentro de campo. Mas como o polonês ainda tem muitos anos de carreira pela frente, o dirigente não acredita que o clube bávaro precise pensar em um sucessor para o centroavante neste momento, e sim em outras necessidades da equipe.
“O Ronaldo vive para o futebol, tal como o Lewandowski. Eles treinam, comem e descansam com um objetivo: melhorar seu desempenho e ser os melhores. E no final eles são, como Messi. São exemplos para os jovens. Eles são campeões e super-ricos, mas todos os dias fazem sacrifícios porque querem vencer”.
“Também vejo Lewandowski em campo por muito tempo, e é por isso que não estamos procurando um sucessor. Não é por acaso que investimos em um tipo diferente de jogador, [Leroy] Sané”, concluiu.