Braço-direito de Tite, o auxiliar Cléber Xavier chamou atenção da imprensa internacional ao participar das duas últimas coletivas na Copa do Mundo, antes e depois do confronto com a Sérvia, em Moscou. Quebrou o "protocolo" da Fifa que sugere apenas a presença do treinador e do capitão nas entrevistas oficiais e respondeu algumas perguntas.
A presença de Xavier frente às câmeras, na verdade, já não é novidade. Esteve ao lado do treinador nos amistosos preparatórios, contra Rússia (Moscou) e Alemanha (Berlim), e também na véspera da estreia no Mundial diante da Suíça, em Rostov. Quase sempre tem como principal função analisar as questões táticas, seja da própria equipe ou dos adversários.
A parceria entre Tite e Clebinho, como carinhosamente costuma ser chamado, começou no Grêmio em 2001. A partir daí, a dupla passou por São Caetano, Atlético-MG, Palmeiras, Al Ain (Emirados Árabes), Internacional, Al Wahda (Emirados Árabes) e Corinthians.
Em 2014, durante o "período sabático" do treinador, que no ano anterior havia deixado o Timão, o auxiliar esteve perto de tentar a "carreira solo". Chegou a abrir conversas para assumir o comando da Chapecoense, mas o acordo não foi fechado. Resolveu, então, permanecer ao lado do amigo, que meses depois retornou ao clube do Parque São Jorge e, em 2016, foi chamado para substituir Dunga na Seleção Brasileira.
Aos 53 anos, Cléber Márcio Serpa Xavier é gaúcho de Alegrete e tem trinta anos dentro do futebol. Formado em educação física, também já trabalhou nas categorias de base de Internacional, Bragantino e Grêmio. É reconhecido por ter um amplo conhecimento na parte tática, levando cada vez mais em conta a integração com diversos departamentos vistos como fundamentais, entre eles o médico, o tecnológico, a fisioterapia e a fisiologia.