Depois de uma longa reunião, a cúpula de futebol do Flamengo decidiu pela sequência de Maurício Barbieri. O principal entusiasta disso é Eduardo Bandeira de Mello, o presidente, mesmo de longe, bancou a permanência do atual treinador, ainda que contra a vontade de vários membros da diretoria.
O maior problema, no entanto, não são os resultados em campo. Bandeira de Mello não pode ser reeleito e lançou Ricardo Lomba como seu candidato, mas há divergências entre os dois. O vice-presidente de futebol, por exemplo, está sofrendo pressão pela saída de Barbieri e pode até perder apoio político ou votos por conta disso.
O clima na Gávea não é bom e é no meio dessa "guerra fria" que o time precisa encontrar forças para disputar as competições que restam. Na próxima semana, o time já tem o jogo da volta da Copa do Brasil, diante do Corinthians, em Itaquera, uma eliminação pode significar o caos total nos bastidores do clube.
Em meio a esse momento turbulento, mais um vice-presidente entregou o cargo. Desta vez, Antônio Tabet, que comandou a pasta de comunicação e estava a frente das relações externas deixou o clube. Outros dirigentes podem seguir o mesmo caminho e até trazer a público o apoio a Rodolfo Landim, candidato da oposição.
É neste compasso de uma situação cada vez mais isolada no clube que as coisas estão caminhando, alguns temem que isso influêncie nas decisões tomadas no futebol nos próximos dias.
A verdade é que contra o Atlético-MG, no domingo, Barbieri vai precisar sair de campo com um resultado positivo, um empate ou uma derrota pode causar ainda mais pressão para que Lomba demita o atual comandante. Enquanto isso, os atletas convivem com essa incerteza do que será o futuro, o que não é bom para nenhum dos dois lados.