Aos 27 anos, Luciano já passou por diversos clubes. Depois de ser revelado pelo Atlético-GO, vestiu as camisas de Avaí, Corinthians, Leganés (ESP), Panathinaikos (GRE), Fluminense e Grêmio antes de chegar ao São Paulo, neste agosto de 2020, envolvido em uma troca que incluiu a ida de Everton para o Rio Grande do Sul. O atacante foi um pedido do técnico são-paulino Fernando Diniz, pressionado no cargo especialmente depois da eliminação para o Mirassol no Campeonato Paulista.
E logo em sua estreia com a camisa do São Paulo, Luciano mostrou que pode ser útil sob o comando de Diniz. O novo camisa 11 do Tricolor do Morumbi entrou no segundo tempo da partida contra o Bahia, nesta quinta-feira (20), pela quarta rodada do Brasileirão. O time de Diniz perdia por 1 a 0, e o resultado poderia ainda ter sido pior se Tiago Volpi não tivesse defendido um pênalti batido por Gilberto, mas Luciano apareceu nos minutos finais para, de cabeça, completar o cruzamento de Gonzalo Cardoso – que também saiu do banco de reservas – e garantir o empate.
O 1 a 1 mínimo garantiu ao São Paulo o seu quarto ponto em quatro rodadas no Brasileirão. E mais tranquilidade a Fernando Diniz. Após o duelo, Raí, diretor executivo de futebol do clube paulista, fez questão de apoiar o trabalho do treinador.
“Garanto! O trabalho continua. Nós vamos dar todas as condições para o Diniz, a confiança nele é total. Foi ele que fez o time que estava produzindo antes da paralisação, e é ele quem tem todas as condições de voltar para aquele nível de atuação para que tenhamos mais chance de ter as vitórias necessárias para sair dessa situação. Voltar a uma crescente, voltar a ter confiança e esquecer os traumas recentes”, afirmou o dirigente e ex-jogador.
Se o discurso seria o mesmo em caso de derrota, ninguém poderá saber. Fato é que a mais nova contratação indicada por Diniz resolveu quando teve sua chance. No futebol brasileiro, foi justamente sob o comando do treinador que Luciano foi mais artilheiro em sua carreira. Foram 16 gols no total, 15 deles pelo Fluminense e este agora pelo Tricolor Paulista.
“Eu acho que tem alguns lances que faltam confiança, mas o professor passa essa confiança para nós. Vamos trabalhar para não cometer os mesmos erros no domingo. A resposta é ganhar os jogos. O São Paulo não pode ficar tanto tempo sem vencer”, afirmou Luciano ao Premiere após o empate.
Confiança é a palavra. É o que ajuda alguém a ter desempenho melhor: no caso de um atacante, a finalizar sem titubeios; no caso de um treinador, a ficar seguro para implementar o que acha melhor ao time. Luciano, que sente confiança em jogar com Diniz, ajudou o treinador a não perder mais da confiança junto à diretoria são-paulina.