O Flamengo entrou em campo na noite desta quarta-feira(3) com a possibilidade de sair do Maracanã já classificado para as oitavas de final da Copa Libertadores da América, dependia de uma ajuda do Atlético-PR, na Arena da Baixada, contra o San Lorenzo, o que parecia algo bem possível. Mas antes mesmo dos 20 minutos no Maracanã os argentinos já abriam 2 a 0 em Curitiba e os 'rubro-negros' pareciam um tanto quanto nervosos contra os chilenos.
No roteiro inicial, tudo parecia dar certo, estádio lotado, time começando o jogo de forma elétrica mas de repente as coisas mudaram, a tensão tomou conta e o primeiro tempo não foi exatamente como os torcedores haviam planejado. Foi aí que Zé Ricardo entrou em ação.
Mais uma vez os três pontos saíram da caixinha de variações do treinador que logo no início do segundo tempo tirou Mancuello para colocar Rodinei. Nas arquibancadas, a torcida pouco entendia o que o comandante pretendia, mas confiava em Rodinei, muito aplaudido quando apareceu no telão do estádio.
A intenção de Zé Ricardo era explorar o lado esquerdo da defesa do Católica, Gabriel, que não teve boa atuação no primeiro tempo, saiu da direita e foi para a faixa do meio-campo, o Flamengo passou a atuar num 4-2-3-1. O trio Pará, Rodinei e Arão começou a perturbar o adversário. Paolo Guerrero, ainda não mencionado mas não menos importante sofreu uma falta na entrada da área, ele mesmo bateu e na sobra Rodinei emendou bonito para fazer o Maracanã explodir de felicidade.
Como nada na Libertadores é fácil, Santiago Silva empatou a partida, logo ele que era dúvida por atravessar um momento ruim e vê seu reserva ganhar a preferência dos torcedores. De 4 gols do El Tanque na temporada, o Flamengo sofreu 2, ou seja, a metade deles.
Desde então, Paolo Guerrero virou a opção principal de todos os jogadores, cada bola ali na frente passava pelos pés do atacante, que nem era tão atacante assim pois saiu da área diversas vezes para armar as jogadas no meio-campo. E foi justamente dos pés dele que saiu o segundo gol. Depois disso, Zé entrou em ação novamente, chamou Renê e tirou Gabriel.
Com essa mexida, Trauco passou para o meio-campo e foi justamente numa jogada dele, numa mistura de raça e sorte o terceiro gol que acabou com qualquer possibilidade do Universidad Católica no Maracanã. Você não entendeu errado, o Rubro-Negro terminou o jogo com quatro laterais em campo, e mais do que isso, terminou o jogo com uma vitória extremamente importante.
De novo foi melhor, buscou o gol bem mais que o adversário, errou bastante também, mas acima de tudo mostrou que além de querer a vitória tinha estratégia, variações e inúmeras possibilidades de sair do Maracanã com os três pontos. Bota na conta do treinador, ele merece.