As duas seleções já se tinham encontrado anteriormente na fase de grupos, por essa altura não conseguiram ir além do empate a uma bola. Neste sábado, o combinado português defendia o título de campeão europeu que conquistou no ano passado na Finaldês. Por seu lado, a Espanha queria reconquistar o que lhe fugia desde 2015.
O encontro começou bastante disputado com a seleção espanhola a tentar ganhar espaço na área portuguesa enquanto que os lusos tentavam estabelecer o seu ritmo no jogo.
O primeiro sinal de perigo espanhol aconteceu logo aos 6 minutos por Bryan Gil. O '22' consegue deixar para trás Costinha e tenta cruzar para Abel Ruiz mas Celton Biai segura. Nos minutos seguintes, Gonçalo Ramos, o melhor marcador do torneio, cabeceou por cima da baliza da Espanha.
Os portugueses tentavam pressionar com várias trocas de passe à entrada da área do rival. Por seu lado, os espanhóis tentavam assumir o dominio e aos 34 Ferran Torres coloca a cereja no topo do bolo.
Bryan Gil faz o cruzamento no lado esquerdo junto à linha de fundo, a defesa portuguesa tenta cabecear para o alívio mas a bola sobra para Ferran Torres que de pé esquerdo remata para o fundo da baliza de Celton Biai para o 0-1.
O duelo ibérico tinha o marcador aberto e o golo abalou os lusos que se perderam um pouco no encontro e viu-se obrigada a defender muito mais devido ao atrevimento espanhol.
O encontro foi para o descanso com a desvantagem de uma bola para a seleção das quinas mas o arranque do segundo tempo prometia algo diferente.
Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Tomás Tavares serve Félix Correia que na linha de fundo faz um excelente e perigoso cruzamento salvo por Tenas com dificuldade.
Mas quando tudo parecia encaminhar-se para a recuperação portuguesa, Ferran voltou a dar um balde de água fria para os interesses do ainda campeão.
Miranda faz o cruzamento da esquerda, um jogador espanhol falha mas Ferran Torres não erra e bisa no encontro e coloca a seleção espanhola mais perto do seu sonho de reconquistar o título que lhes escapava por entre os dedos.
Desta vez Portugal não se perdeu e tentou responder com a mesma ambição com que entrou no segunto tempo. Félix Correia consegue ganhar nas costas da defesa espanhola, segue para a área e faz um remate que obriga Tenas a uma grande defesa para negar o golo aos portugueses.
Depois do golo, os espanhóis assumiram o controlo do encontro e não correram riscos. Por seu lado, Portugal tentava crescer e criar perigo mas as boas tarefas defensivas espanholas não permitiam criar ocasiões que fizessem os pequenos lusos sonharem.
Portugal viu a vizinha Espanha roubar-lhe o título de campeão europeu de Sub-19 mas o sonho nunca morre e apesar da derrotas vale destacar a excelente caminhada portuguesa ao longo do torneio e dos pupílos de Hélio Sousa que encantaram e brilharam.
Espanha foi mais forte e assumiu desde o primeiro minuto que vinha para "assaltar" a seleção portuguesa. No duelo Ibérico, os espanhóis foram mais felizes e conseguiram sagrar-se campeões europeus.