Ex-jogador do Fluminense com passagem pela Seleção Brasileira, Roni teve sua prisão realizada neste sábado, em Brasília, em decorrência de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal. O empresário de 42 anos foi detido ainda no Mané Garrincha, onde jogavam Palmeiras e Botafogo pela 6ª rodada do Brasileirão Série A 2019.
A ação está diretamente relacionada ao estádio da capital - mais precisamente, a suspeitas sobre a organização de partidas no local: uma investigação conduzida há dois anos apontou a existência de um grupo que fraudava o erário em jogos de futebol, ou seja, incluía dados falsos no borderô de jogos com fins de reduzir o valor dos impostos a pagar e também o valor do aluguel do Estádio Nacional de Brasília, o Mané Garrincha.
No caso do ex-jogador, sua participação se dá como promotor de partidas e na venda de ingressos, geralmente para outras cidades, como no caso do duelo deste sábado. Além dele, o presidente da Federação de Futebol de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos, também foi preso. Segundo o portal G1, os advogados dos acusados ainda não se manifestaram sobre as detenções.
As movimentações fazem parte da operação Episkiros, que prendeu outras cinco pessoas e realizou outros 19 mandados de busca e apreensão para apurar casos de associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato e sonegação fiscal cometidos pelo grupo. Segundo as investigações, existe a possibilidade de que outras cidades também tenham sido alvo das fraudes apontadas.
Roniéliton Pereira Santos ficou marcado por uma grande passagem pelo Fluminense (que viria a defender uma segunda vez), e também passou por equipes como Goiás, Atlético-MG, Flamengo, Cruzeiro e Santos antes de se aposentar, em 2012. Ele acabou participando de quatro partidas da Seleção, em 1999, entre amistosos e Copa das Confederações.