O meia Lucas Moura pode até ser "bonzinho", mas não foge de uma discussão em alto nível. Um dos primeiros jogadores de peso a fazer uma manifestação política de forma pública e incisiva, durante a última eleição presidencial no Brasil, o atacante do Tottenham está à vontade para falar o que pensa, desde que, claro, tenha o mínimo de conhecimento.
Buscando sempre "ser justo" dentro e fora de campo, o ex-são-paulino também não vê problema de sair em defesa do amigo Neymar. Acredita que o ex-companheiro de Seleção Brasileira e PSG até sabe já lidar com a perseguição, mas ainda assim faz questão de pedir tratamento igual por parte da arbitragem.
É justo te enxergarem como "bonzinho"? Isso mais te atrapalhou ou ajudou na carreira?
Difícil de responder. Posso dizer que sou uma pessoa só, dentro e fora do futebol. Posso dizer sim que sou uma pessoa boa [risos], e fico feliz que tenham essa visão de mim. Procuro ser sempre justo, e sempre espero que sejam justos comigo. Quero sempre conquistar o meu espaço pela minha qualidade, pelo meu talento, pela minha dedicação, pelo meu trabalho, e não pela minha maneira de agir ou de ser "mau", de reclamar ou de xingar.
Sempre pensei que a meritocracia precisa estar presente em todos os momentos. Se isso influenciou na minha carreira, de jogar mais ou menos, de ser convocado ou não [à Seleção], é difícil de responder.
Em algum momento da sua vida não quis ser você mesmo?
[Risos] Não, acho que nunca tive esse momento. Sempre fui muito realizado, e hoje ainda mais. Tenho uma esposa fantástica, um filho abençoado, amigos, pais, parentes e jogo futebol que é a minha paixão. Cheguei onde cheguei com muita dedicação, muito esforço e jogando em grandes clubes. Sou mesmo muito realizado, não tenho nada para reclamar. Tive momentos difíceis, sim, mas isso faz parte da vida. Não posso reclamar de nada, apenas tenho que agradecer.
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Uma publicação partilhada por Lucas Moura (@lucasmoura7) a 17 de Jan, 2019 às 6:43 PST