A temporada 2017 do Palmeiras não deixa dúvidas: o torcedor alviverde sente muitas saudades de Gabriel Jesus. Carismático, artilheiro e brigador, o jovem atacante revelado pelas categorias de base do clube deixou um vazio no elenco 'alviverde' que a comissão técnica ainda não conseguiu resolver nesta temporada.
Contratado a peso de ouro e com status de titular, o atacante colombiano Borja não conseguiu deslanchar no clube até o momento. No Campeonato Brasileiro, o jogador disputou 12 jogos, começando como titular em apenas 4, balançando as redes em apenas 3 oportunidades até aqui. Nos 532 minutos disputados, não convenceu nem o torcedor nem o técnico Cuca e sua comissão não só pela seca de gols como também pela pouca mobilidade em campo.
Apesar de não ser considerado um centroavante, o atacante Willian passou a exercer a função devido a deficiência na equipe e a falta de jogadores na posição. Antes de se lesionar diante do Flamengo, em julho, Willian disputou 14 jogos e também tem uma média baixa de gols, os mesmos 3 do colombiano. No entanto, apresenta uma maior precisão nos seus passes (80% contra 68% de Borja) além de contribuir e se movimentar mais em campo, recompondo e ajudando o time na marcação ofensiva, somando uma assistência e 15 desarmes neste Brasileirão.
Precisando de reforço na área, Alexandre Mattos trouxe o atacante Deyverson do futebol espanhol. Forte e brigador, o jogador pode atuar tanto dentro da área quanto nas pontas do campo. Com a lesão de Willian logo na sua chegada, Deyverson já assumiu a titularidade, mesmo sem estar na sua melhor forma física, e vem tentando ajudar o time. Nos cinco jogos que disputou no brasileiro já conseguiu marcar em duas oportunidades (o melhor aproveitamento entre os atacantes do Palmeiras), mas ainda vem sofrendo com a falta de entrosamento e a falta de criatividade do meio-campo do clube.
Mas a falta de gols não atinge apenas os centroavantes do Palmeiras. Keno e Roger Guedes, figuras constantemente presentes no time titular da equipe e que atuam nas pontas, também marcam pouco, apesar de suas funções não exigirem táticas tanto a bola na rede. Velozes e dribladores, Roger e Keno disputaram 19 (14 como titular) e 17 (9 como titular) partidas respectivamente no Brasileirão, marcando 4 e 3 gols cada um. Além de ser ligeiramente mais efetivo na frente do goleiro, Guedes também é mais participativo na criação das jogadas, com duas assistências no nacional. Já Keno, ajuda mais na recomposição defensiva, fazendo um papel importante na recuperação da posse da bola. Até aqui, ele é o atacante com mais desarmes disparado, com 25 roubadas de bola no Brasileirão.
Com os pontas ajudando na defesa e na criação das jogadas, Cuca ainda não conseguiu fazer nenhum dos seus centroavantes deslancharem no ano, ficando todos eles muito longe da artilharia da competição (Jô lidera com 11 gols até aqui). Mesmo o recém chegado Deyverson, que tem o melhor aproveitamento do time na frente do gol, ainda não consegue convencer a ninguém, deixando o torcedor alviverde a cada dia com mais saudades de Gabriel Jesus.