O dia 7 de setembro marca oficialmente a data de Independência do Brasil – embora muitos prefiram a versão de que tenha sido um ‘acordo’, por causa do empréstimo em dinheiro pedido à Inglaterra e ao fato de o quadro social ter se mantido quase o mesmo. De qualquer maneira, a data marca fim oficial do domínio português sobre o nosso país.
No futebol nacional de elite, a maior ligação que temos em relação ao 7 de setembro talvez seja o estádio do América-MG. O Estádio Independência recebeu esse nome por ter sido casa, no passado, do Sete de Setembro Futebol Clube.
Mas a maior menção a Dom Pedro no futebol de primeira linha está... em Portugal!
Em 19 de janeiro de 1922, o então simples escudo do FC Porto sofreu uma alteração que persiste até os dias atuais.
Bem no centro do escudo do gigante português, existe o desenho de um coração. Ele pertence a Dom Pedro IV, como é chamado o primeiro imperador do Brasil em Portugal. A sua presença é uma homenagem ao coração do homem que gritou “Independência ou Morte!!!” às margens do Rio Ipiranga em 1822.
É lógico que a independência do Brasil não tem nada a ver com tal honraria, a não ser pela presença e importância de Dom Pedro como figura histórica.
Dom Pedro havia deixado o Brasil para lutar na guerra civil portuguesa. Em 1828, começou um conflito nacional que colocou dois lados opositores em Portugal: os Miguelistas (liderados por Dom Miguel, irmão de Pedro) e os Liberais (liderados por Dom Pedro). Quem saiu melhor foi Pedro, em embates que culminaram no cerco do Porto. Em gratidão, o então ex-imperador do Brasil disse que gostaria de ver o seu coração na cidade do Porto.
Ele permanece lá até hoje, e há 96 anos também se faz presente em qualquer partida dos Dragões.