Nos últimos amistosos das seleções antes do início da Copa do Mundo, a partir deste mês de junho, a vitória por 3 a 0 do Brasil sobre a Áustria chamou atenção pelo excesso de vontade dos austríacos nas disputas dentro do gramado.
Foram 14 faltas dos europeus. Não chega a ser o time mais faltoso dentre os últimos jogos preparatórios, esta honraria coube à Tunísia e suas 19 faltas no amistoso contra a Espanha, domingo (09).
Entretanto, nenhum jogador apanhou tanto nestes jogos quanto Neymar. Justamente um dos que se recuperam de lesão. Contra os austríacos, o árbitro Viktor Kassai apitou um total de oito faltas em cima do camisa 10 (57% do total sofrido pelo Brasil), que seguiu no gramado do estádio Ernst-Happel até o minuto 63 e teve um desempenho de alto nível.
Autor do segundo gol brasileiro, aproveitando passe de Willian, Neymar não foi tão decisivo quanto Philippe Coutinho, disparado o melhor em campo. Mas foi quem mais criou chances ofensivas para a Seleção (3) e o que mais tocou na bola (88) até o momento de sua substituição.
Se ainda, ainda em Teresópolis, o lateral-esquerdo Filipe Luis disse que Neymar precisaria suportar “a primeira porrada” para recuperar a confiança, que naturalmente fica em baixa após uma lesão séria, o camisa 10 se mostrou absolutamente pronto para a disputa desta Copa do Mundo. Apanhou como um Rock Balboa, mas assim como o personagem fictício de Silvester Stallone, seus golpes foram fatais.
Desde o seu retorno, contra a Croácia, Neymar foi sempre participativo em campo, demonstrou faro de gols e acumula a confiança necessária para arriscar dribles e jogadas que poderão fazer a diferença para o time de Tite nos campos russos.