O técnico holandês, o ex-jogador do Barça Ronald Koeman, estava convencido de que seu compatriota Frenkie de Jong, um dos pilares da equipe 'orange', terminará triunfando no Barcelona.
"Este ano está sendo uma transição para o De Jong, como aconteceu comigo quando chegou no Barça, em 1989. Ele é um garoto muito inteligente e muito talentoso para o futebol. Ele terá sucesso, com certeza. Dói-lhe que ele não esteja jogando em sua posição natural, como fez no Ajax ", comentou o meia holandês em entrevista ao jornal" Sport "de Barcelona.
Para Koeman, De Jong se juntou a uma equipe em transição, "que não é a mesma de alguns anos atrás, porque também não tem os jogadores que tinha antes".
"Apenas Piqué, Busquets e Messi são dessa espinha dorsal e os três têm mais de 30 anos. É uma lei da vida. Isso aconteceu com o 'Dream Team' do Barcelona e a seleção holandesa de 88 com Van Basten, Gullit, Rijkaard e eu mesmo que se tornou campeão da Europa. Nada é eterno e você precisa saber se renovar. E, às vezes, é preciso entender que, para dominar novamente, primeiro é preciso passar alguns anos no deserto", acrescentou.
Para o atual Barcelona, Koeman vê principalmente dois defeitos: "Um é de intensidade. Goste ou não, hoje as grandes equipes jogam a um ritmo muito alto por 90 minutos. E o Barça tem dificuldade em manter essa regularidade. Vimos isso no famoso jogo contra o Liverpool, mas também na Supercopa da Espanha contra o Atlético deste ano. O Barça foi superior aos 80 minutos, os últimos dez foram desconectados e o Atlético, mais intenso e renovado, venceu".
O outro problema que a equipe catalã vê é "que não domina os jogos como costumava". É por isso que Ronald Koeman acredita que sua antiga equipe "precisa voltar à identidade deles, porque faz parte do DNA deles".
Além disso, embora considere Leo Messi "o melhor de todos os tempos, e de longe", ele alertou que o Barcelona precisa "preparar gradualmente o revezamento, não de um dia para o outro", já que a estrela argentina já tem 32 anos.
"Sem Messi, as coisas nunca mais serão as mesmas. Temos de assumir isso", disse o técnico 'orange', que está passando por um confinamento devido à pandemia de coronavírus em sua casa em Amsterdã.