Ao longo desta temporada, Pep Guardiola foi um dos treinadores que mais vezes demonstrou apoio ao VAR – o árbitro auxiliar de vídeo. Inclusive chegou a reconhecer, na semifinal de FA Cup vencida sobre o Swansea, que um dos gols do Manchester City foi originado de um pênalti não existente e um outro teve impedimento não marcado aconteceu em outro tento. No pós-jogo de então, o catalão chegou a pedir desculpe e pediu a presença do VAR.
A ironia é que as decisões tomadas pelo VAR foram tão vitais quanto certeiras para decretarem a eliminação dos Citizens mesmo com a vitória por 4 a 3 sobre o Tottenham – os londrinos avançaram graças ao gol fora de casa, uma vez que venceram na ida por 1 a 0. A tecnologia auxiliou em dois lances capitais: ao validar o terceiro gol dos Spurs, notando que Fernando Llorente não tocou com a mão na bola, e ao anular o que seria o gol da classificação anotado por Sterling (Aguero estava impedido no lance).
“Eu sou a favor da justiça no futebol, a favor das decisões certas. Os juízes precisam de ajuda às vezes. Quando está em impedimento, está em impedimento. O que eu posso falar?”, lamentou Guardiola, em um tom tranquilo e sem fazer muito alarde. O catalão, contudo, pareceu não acreditar no acontecido especialmente no lance do gol de Llorente: “Eu sou a favor do VAR, mas talvez por um outro ângulo o gol de Fernando Llorente tenha sido com a mão e talvez pelo ângulo do juiz não”, afirmou.