Há menos de um mês no comando do Atlético-MG, o técnico Cuca ainda busca uma identidade para o time. E a aposta do comandante está na disputa da Copa Libertadores.
Até aqui, foram seis jogos, com quatro vitórias e duas derrotas. Apesar dos números favoráveis, o desempenho em campo não vem agradando a torcida. Mesmo garantido em 1º lugar na fase classificatória do Campeonato Mineiro, o tropeço no clássico contra o Cruzeiro aumentou a cobrança sobre o treinador.
Na estreia da Copa Libertadores, nesta quarta-feira, às 19h (Brasília), diante do Deportivo La Guaira-VEN, em Caracas, Cuca pode começar a virar o jogo. Com larga experiência na competição, atual vice-campeão pelo Santos, o treinador traçou o objetivo de se classificar em primeiro lugar do grupo H, que conta ainda como o Cerro Porteño-PAR e América de Cali-COL. Pelo alto investimento em contratações, o Galo é considerado um dos candidatos ao título da edição 2021, mas, precisa mostrar na prática.
Desde quando foi anunciado oficialmente, Cuca divide opiniões na torcida. Uma parte dos atleticanos tem respeito e idolatria pelo comandante, campeão da Libertadores 2013, já outra parte questiona que o perfil de jogo de Cuca não seria o ideal para substituir o argentino Jorge Sampaoli.
O Atlético-MG está passando por um período de mudança de filosofia de jogo e tem apresentando dificuldades, principalmente, na criação de jogadas ofensivas.
Cuca ainda busca o chamado time ideal e vem testando algumas peças na equipe. Poucos atletas são titulares garantidos. Podemos citar: goleiro Éverson, zagueiro Júnior Alonso, lateral-esquerdo Guilherme Arana, meia Nacho Fernandez e o atacante Keno.
Na defesa, Réver e Igor Rabello disputam vaga ao lado do paraguaio Júnior Alonso. Na lateral-direita, as opções são Guga e Mariano. O volante Tchê Tchê, emprestado pelo São Paulo, é homem de confiança de Cuca, vem ganhando sequencia de jogos. O técnico vem sendo frequentemente questionado sobre o pouco aproveitamento do argentino Zaracho, que teve bom início de Estadual, mas, perdeu espaço com a chegada do novo comandante. Zaracho foi uma das maiores contratações da historia do clube, cerca de R$ 33 milhões por 50% dos direitos econômicos.