O meia Mateus Vital já tem 22 anos e está na sua terceira temporada no Corinthians, mas ainda não conseguiu transformar alguns bons momentos no clube em algo mais rotineiro. Um ponto importante para o seu futuro, porém, se dá com a volta do futebol: ele não terá mais a seu lado Pedrinho, seu melhor amigo no elenco, mas ficará com mais espaço para jogar.
Vendido ao Benfica por 20 milhões de euros, Pedrinho foi um dos nomes que mais bem acolheu Vital após sua contratação, em 2018. O garoto vindo do Vasco tornou-se presença constante em eventos familiares da “cria do Terrão” e vice-versa.
"Quer encontrar o Vital, procura o Pedrinho", brincavam os companheiros nos últimos anos. O laço, porém, foi desfeito com a negociação e pode servir como um catalisador na transformação do armador em um grande jogador esperada pelo Corinthians desde a sua contratação.
Sem Pedrinho, a vaga de um ponta armador fica aberta no clube. Vital entra em uma disputa que pode reunir Janderson, Everaldo, Yony González e Ramiro. Desses, é o único com característica de jogo voltada para a armação, precisando ser mais efetivo no que os outros têm de vantagem: função tática e ofensividade.
Os números, por sinal, são boas amostras disso. Mesmo com lances marcantes pelo clube, como a jogada para o gol de Rodriguinho, na final do Paulista de 2018, e um golaço marcado diante do Vasco, no ano passado, Vital soma cinco gols e seis assistências em 123 jogos.
Vale lembrar que, apesar do desempenho abaixo do esperado, Vital ainda goza de prestígio no clube. Recentemente, teve seu contrato renovado até o fim de 2023, com aumento salarial, já numa previsão de que poderia ganhar importância com a saída de Pedrinho.
No ano, Tiago Nunes utilizou o atleta em seis oportunidades, sendo apenas uma delas como titular.