Já se esperava mas foi só esta segunda-feira que se confirmou: estalou a guerra no PSG. A batalha entre Neymar e o clube está servida, com o Barcelona como convidado especial num novo encontro com o brasileiro. Quer ir para o Barça e está disposto a tudo.
Não se apresentou no regresso aos trabalhos do PSG, apesar do seu pai ter assinalado à "Fox Sports" que a entidade estava ao corrente disso: "O motivo da sua ausência era conhecido, estava na agenda desde há mais de um ano e não o podiamos mudar. Apresentar-se-à no dia 15, assim simples. Sem polémica". No entanto, esta justificação não teve a aprovação do PSG, que trouxe à luz um duro comunicado.
Nele assegurou que "Neymar não se apresentou no lugar acordado sem ter sido autorizado pelo clube", uma situação "deplorável" e que pede "medidas apropriadas" contra o astro brasileiro. Al-Khelaïfi, que está farto das idas e vindas de Neymar, já avisou na "France Football": "Os jogadores deverão assumir as suas responsabilidades mais que antes. E se não estão de acordo, as portas estão abertas. Adeus! Já não quero ter nenhum comportamento de estrelas".
Ao mesmo tempo, o dirigente foi firme com o pai de Neymar, a quem disse cara a cara o que esperava do seu filho e do resto dos jogadores. Pouco efeito fez, semanas mais tarde Neymar começou a retroceder sobre os passos que o levaram de Barcelona a Paris. O
Barça não esperava uma situação assim, uma vez que, Griezmann era o único craque destinado a engrossar o ataque, mas Bartomeu lançou-se ao barro.
E é aqui que o labirinto se fecha na saída. Por um lado, um jogador em rebeldia e não quer continuar em Paris. Por outro lado, um clube, o PSG, que ameaça com uma sanção e que, disse a Bartomeu "não querer vender Neymar". E em terceiro lugar, um Barcelona que seria capaz de desprender-se de algum jogador top como Coutinho ou Dembélé para proporcionar o regresso de Neymar. Apesar de na direção existir controvérsia sobre o assunto.
Neymar quer que a sua chegada a Barcelona se resolva rápido, mas é complicado pensar que possa ser assim. Ninguém esquece que o PSG pagou 222 milhões de euros por ele, e não irá oferecer a contratação mais cara de todos os tempos. Neymar não terá mais remédio que reintegrar-se nos trabalhos com o PSG mais cedo ou mais tarde. O problema ameaça alargar-se, o que poderá levar o Barcelona a esquecer um Neymar atracado em Paris.