O FC Porto partia para a eliminatória dos quartos-de-final da Champions sendo considerada a equipa mais fraca pelos rivais. No sorteio, calhou-lhes "em sorte" o Liverpool.
A mesma equipa que "humilhou" o dragão na temporada passada voltava à calha e para muitos seria uma vingança ou um recordar do que se passou anteriormente.
Com baixas importantes por castigo, Sérgio Conceição teve de reformular o seu onze inicial. Sem Herrera e Pepe e com um Alex Telles acabado de regressar, o FC Porto partia desfalcado para enfrentar o vice-campeão da Liga dos Campeões.
O início do duelo começou com os dragões a tentarem criar perigo para a baliza de Alisson mas aos 5' no primeiro lance de perigo criado pelos "reds" Keïta inaugura o marcador. O médio consegue rematar depois de um cruzamento de Firmino e faz o 1-0 para os da casa.
A partir da vantagem, o FC Porto partiu e foi incapaz de ganhar espaço no jogo. O Livepool dominava e proporcionava ataques constantes à baliza de Iker Casillas. E aos 26 minutos num desses lances novo golo.
Cruzamento para a área azul e branca e Firmino aparece completamente sozinho para encostar para o segundo. O Liverpool estava em vantagem e os golos tão cedo faziam avivar as memórias da temporada passada.
Os dragões tentavam crescer no jogo e evitar o vaticinio que o Liverpool proporcionava à defesa azul e branca. À medida que iam surgindo ataques à baliza de Alisson, a defesa "red" mostrava porque é uma das melhores do mundo.
Aos 31' acontece a polémica do jogo. Os azuis e brancos pressionavam na área e num lance depois de um remate de Marega Alisson afasta mas a bola bate no braço de Arnold. O árbitro recorre ao VAR e assinala canto a favor dos dragões os protestos são muitos e é um lance que poderia dar alento à equipa portuguesa.
O FC Porto tentava organizar-se não só defensivamente mas também ofensivamente mas Salah, Mané e companhia faziam aquilo que melhor sabem fazer, passes certeiros e que arrastavam os azuis e brancos para trás.
O jogo foi para o descanso e quando recomeçou o Liverpool voltou a marcar. Desta vez, foi Mané que colocou a bola dentro da baliza de Casillas mas o árbitro assinalou e bem fora-de-jogo do senegalês.
Depois do golo anulado, o FC Porto cresceu no jogo e começa a criar perigo na área inglesa. O Liverpool encontrava dificuldades em travar os ataques portistas mas a falta de mira azul e branca e a pressão da defesa "red" foram suficientes para manter a vantagem para os da casa.
Aos 69 minutos Marega remata com muita força e obriga Alisson a uma defesa a dois tempos. No contra-ataque Mané remata ao lado do poste de Iker Casillas.
Nos últimos minutos Sérgio Conceição faz alterações arriscadas em que prova que não queria sair de Anfield sem golos marcados. Sai um defesa para a entrada de Fernando Andrade mas o objetivo final não foi bem sucedido.
O FC Porto corria, suava e procurava o golo mas na hora de concretizar a mira não estava posicionado.
Foram 90 minutos de um encontro em que o Liverpool dominou completamente. Os dragões tentaram crescer no jogo e conseguiram atacar algumas vezes. Procuravam o golo que dava alento à possível passagem às meias-finais.
O golo não chegou e o fantasma do passado voltou a aparecer quando o marcador já assinalava 2-0 ainda antes da meia hora.
O duelo da segunda-mão será na próxima quarta-feira no Porto. A esperança é a última a morrer mas os dragões terão de correr muito e esperar um mau dia dos "reds" para conseguirem dominar e possivelmente dar a volta à eliminatória.
O Liverpool tem a eliminatória encaminhada e sabe que o sonho de voltar a chegar à final e desta vez vencer poderá estar mais perto e mais fácil.