Uma das favoritas para a Copa do Mundo da Rússia, a Seleção Brasileira ficou pelo caminho, a equipe do técnico Tite foi eliminada nas quartas de final após ser derrotada por 2 a 1 para a Bélgica, equipe que terminou o Mundial em terceiro lugar.
Como grande surpresa, a Cróacia se confirmou na grande decisão ao lado da França, esta equipe sim confirmando favoritismo e fazendo uma grande campanha na Rússia. As duas seleções passaram por momentos distintos, mas podem deixar grandes lições para o Brasil.
A primeira delas, foi o que sobrou nos croatas até aqui, a força mental. O time de Luka Modric saiu atrás na maioria dos jogos na fase de mata-mata, mas não se abalou e foi atrás do resultado. Nos pênaltis mostrou frieza e nem mesmo quando seu capitão perdeu uma penalidade na reta final do jogo se perdeu em campo.
O preparado físico dos croatas também é alto a se destacar nesta Copa do Mundo, a equipe chega com uma partida a mais do que a França(em minutos jogados) e mesmo com seus atletas atuando nas ligas mais fortes do futebol mundial não sofreu com lesão muscular.
No Brasil, no entanto, alguns jogadores tiveram problemas. Foi o caso de Renato Augusto ainda durante a preparação, Douglas Costa que se lesionou contra a Costa Rica, Marcelo e Danilo. Além de Fred que se sofreu uma lesão no tornozelo durante um treino da equipe em Londres.
Com um meio-campo de muita qualidade, o time croata contou também com a cooperação de todos os jogadores, a equipe atuou de forma coletiva e se dedicando igualmente, do camisa 10 e maior estrela do grupo, Luka Modric, ao zagueiro Vida.
O jogador do Real Madrid, inclusive, foi até aqui o atleta que mais correu nesta Copa do Mundo, aos 32 anos. Isso comprova o jogo coletivo e a entrega, pois nem mesmo o craque do time têm privilégios dentro de campo.
Por outro lado, a França, mesmo com uma equipe jovem mostrou maturidade. Soube administrar todos os momentos dentro desta Copa do Mundo. Na primeira fase não encantou mas foi eficiente para fazer os resultados necessários.
Ganhou no meio-campo de praticamente todos os adversários que enfrentou, alinhou pegada e qualidade, Kante, por exemplo, é um dos principais jogadores desta equipe, peça fundamental na marcação. Pogba é outro que fez um grande mundial.
No ataque, a aposta em um garoto de 19 anos, que com a sua leveza e velocidade deixou zagueiros enlouquecidos em campo. Mas, talvez, o mais importante para os franceses até aqui tenha sido realmente saber dosar o equílibrio.
Giroud, por exemplo, não anotou gols até a final, mas teve seu papel principalmente para ajudar a dar mais liberdade para Griezmann e Mbappe. O centroavante é utilizado para puxar a marcação e deixar os companheiros em melhores condições contra as defesas.
A aposta de Deschamps nos jovens, principalmente nas laterais com Pavard e Hernandez deu certo e a dupla foi fundamental na campanha da França. O primeiro, inclusive, marcou um dos gols mais bonitos da competição. Os franceses mostraram como poucos nesta Copa que sabem administrar a partida e ser efetivo.
Efetividade, inclusive, foi algo que falou ao Brasil, que criou muito mas desperdiçou muitas finalizações. Outro ponto interessante para puxar dos frances foi a forma como eles não se incomodaram em jogar de acordo com o adversário. Contra a Bélgica, por exemplo, deram a bola e esperaram pelo contra-ataque principalmente depois de terem aberto o placar.
Com esses dois exemplos, a Seleção Brasileira deve começar a trabalhar de olho no Catar 2022, para o próximo Mundial obrigatoriamente sofrerá algumas mudanças, mas já tem uma base formada e pode chegar forte na próxima Copa do Mundo.