Não é novidade que o Botafogo convive com dificuldades financeiras. E na busca de ajudar o Glorioso, os irmãos João e Walter Moreira Salles, botafoguenses famosos, se dispuseram a ajudar na reestruturação do Alvinegro. Mas encomendaram, no final de 2018, uma auditoria, tocada pela consultoria Ernst & Young, para conheceram a fundo a possibilidade de ajudarem a viabilizar economicamente o clube.
O estudo já está pronto e será entregue para a análise dos irmãos, donos de uma fortuna estimada em R$ 11 bilhões, tomarem uma decisão. Segundo publicado em abril de 2019, no blog do Rodrigo Mattos, no UOL, seriam necessários, de cara, R$ 200 milhões apenas para resolver as pendências mais urgentes. Vale lembrar que o Botafogo é dono da maior dívida dentre os clubes brasileiros: R$ 657.041.000 líquidos.
Não serão donos do Botafogo
Conforme João Moreira Salles fez questão de salientar ao blog do jornalista Juca Kfouri, se esta relação acontecer ela não será nos moldes vistos na Europa, onde uma pessoa controla todo o futebol da instituição.
“Não estamos analisando a compra do Botafogo”, escreveu João ao jornalista do UOL. “Ao cabo do trabalho que estamos financiando (com total anuência do clube), o Botafogo conhecerá maneiras alternativas de organizar a sua existência legal, seja se tornando uma empresa, seja virando uma fundação sem fins lucrativos, quem sabe amparado por um fundo patrimonial. Caberá então ao Botafogo escolher o seu caminho. Independentemente do desfecho, Waltinho e eu não seremos proprietários de coisa alguma. Não temos vocação para Abramovich”, finalizou, citando o dono do Chelsea no final.
Clube pode negar ajuda?
Uma das maneiras pensadas pelos Moreira Salles para viabilizar este projeto seria separar o Botafogo em dois, com o futebol ocupando espaço de uma S/A [sociedade anônima]. Mas seria preciso a aprovação institucional do Botafogo como clube, o que embora tenha apoio da maioria [inclusive popular, com torcedores iniciando campanhas na internet com o mote #AssumeMoreiraSalles] não é certeza de que possa acontecer. Ao menos por enquanto.