Christophe Galtier teve que voar do Catar para a França para comparecer ao tribunal por um caso que está em aberto. Ele é acusado de, alegadamente, ter proferido múltiplos insultos racistas durante a sua passagem como treinador do Nice.
O Ministério Público pediu 1 ano de prisão e 3 anos de suspensão como treinador, além de uma multa de 45.000 euros. "O futebol é a vítima. Os jogadores são e também os valores da República Francesa. Pedimos que declarem Galtier culpado", afirmou o promotor durante a audiência na última sexta-feira.
O treinador, agora no Al Duhail, admitiu ter chamado 'King Kong' a Mickaël Nadé e Harold Moukoudi, do Saint-Étienne, mas Galtier quis explicar. "Não há conotação racista, de cor ou raça nesse termo. Eu tinha que usar esse termo, assim como uso quando jogamos com Nicolas Pallois contra o Nantes. Força e potência", argumentou.
Ele afirmou que muitos dos insultos atribuídos a ele nunca foram pronunciados: "É completamente falso, uma manipulação. É terrível ter que ouvir mentiras assim, com as consequências que isso poderia ter".
O treinador negou ter dito, por exemplo, que Todibo iria se envolver em tiroteios com outros jogadores: "Tenho uma relação muito boa com ele. Imaginem se eu dissesse isso em um escritório com 8 pessoas? Ou que ele deveria levar uma surra?".
Ele também destacou Julien Fouriner, que enviou um e-mail acusando-o de racismo. "Como pode um pseudo-diretor esportivo, um diretor-geral, dizer uma mentira dessas a um jogador com quem trabalhei por um mês? Tomara que ele estivesse aqui. Todibo repete tudo o que ele disse", concluiu.
NO dia 21 deste mês, conheceremos o veredicto. Enquanto isso, o Nice segue o seu caminho e Galtier, o dele, a vários milhares de quilômetros de distância.