O Bahia venceu o Botafogo por 1 a 0, no encontro válido pela 20ª rodada do Brasileirão 2020. O único gol da partida foi através de um pênalti convertido por Rodriguinho, nos últimos minutos do encontro. O lance, contudo, foi cercado de polêmicas e a decisão final do árbitro fogiu do que está estipulado no livro de regras de arbitragem do futebol para 2020-21 da CBF.
Aos 49 minutos do segundo tempo, o atacante Gilberto, do Bahia, arriscou chute a gol. Marcelo Benevenuto, zagueiro do Botafogo, bloqueou a tentativa dentro da área: a bola bateu em sua coxa antes de ricochetear em sua mão. Árbitro do jogo, disputado dentro da Fonte Nova, Jefferson Ferreira de Moraes apitou o pênalti na hora. Entretanto, recebeu o chamado do VAR para revisar a jogada. Depois de três minutos, Jefferson de Moraes manteve a sua decisão após ver as imagens.
O lance é mais um a causar polêmica. E de acordo com o livro das regras de arbitragem do futebol brasileiro desta temporada, disponível no site oficial da CBF, episódios como os acontecidos com Marcelo Benevenuto, do Botafogo, não configuram irregularidade.
A explicação está no capítulo “Faltas e Incorreções” do livro das regras e diz que se a bola bater no braço do jogador, logo após bater diretamente em outras partes do corpo do mesmo, não configura irregularidade. Outras situações em que a bola na mão não configuraria irregularidade estão abaixo.
Não será infração se a bola tocar na mão/braço
• Diretamente da cabeça ou corpo (inclusive o pé) do próprio jogador;
• Diretamente da cabeça ou corpo (inclusive o pé) de outro jogador que esteja próximo;
• Se a mão/braço estiver junto ao corpo sem ampliar o espaço em razão de uma posição antinatural;
• Quando um jogador cair e a mão/braço estiver entre seu corpo e o ponto
de apoio do chão, mas não estendida para longe do corpo, lateral ou verticalmente
Com o resultado, o Botafogo, que só acumula mais vitórias (3) do que o Goiás (2), último colocado deste Brasileirão, entrou na zona de rebaixamento e ocupa a 17ª posição.