De um total de 700 meninas jogando futebol em 1972, os Estados Unidos passaram a contar com 121.722 jogadoras federadas em 1991, ano da primeira Copa do Mundo Feminina da história. Um crescimento gigantesco com uma fácil e interessante explicação: uma lei criada em 1972.
Após um Mundial disputado na França em que demonstrou todo seu potencial, com a medalha de ouro da conquista da quarta Copa do Mundo, são muitos os que se perguntam como os Estados Unidos chegaram a um nível tão superior.
O time de Megan Rapinoe e Alex Morgan goza de anos de vantagem à frente dos demais países, algo que fica evidente em campo, com um futebol carregado de potência ofensiva e física, insuperável independentemente do adversário.
De oito Copas do Mundo disputadas na história, o país norte-americano conquistou metade, êxito que começou a ser alcançado em 1972 com a Lei de Emendas da Educação. Com essa política pública, meninas passaram a ter contato com a bola de futebol desde a infância. Até então, apenas os homens praticavam o esporte, mas sem popularidade no país que joga mais basquete, beisebol e futebol americano.
Com a novidade de 1972, o futebol passou a ser mais praticado por mulheres que homens, diferentemente do que se vê até hoje em praticamente todos os países. É a prova de que política em educação muda realidades, mas exige paciência para efeitos que normalmente vêm a longo prazo.