Diego Simeone chegou ao banco do Atlético de Madrid no ano de 2012 e tudo é alegria desde então. O técnico guiou os 'colchoneros' a vários títulos. O último foi a LaLiga conquistada na temporada 2020-21.
'Cholo' falou com Del Bosque sobre seus métodos na hora de treinar, sua forma de ver a vida e como sente a equipe. Uma de suas armas para ter chegado no topo, comentou o argentino a Vicente del Bosque, é escutar sempre seus jogadores.
"Sempre estou aberto a escutar as necessidades do jogador, mas escutá-lo... porém quem decide sou eu. Gosto muito de escutar, não é nem de longe uma fraqueza. Se tem algo que não sou é burro. Posso ser mau treinador, mas burro certamente não", disse em conversa publicada no 'El País'.
Simeone utilizou como exemplo um compatriotam Marcelo Bielsa: "ele dizia que seu orgulho era que o jogador entrasse em campo e fizesse algo decidido por ele mesmo. A mecanização te leva a repetir as coisas. Aí é onde é preciso aparecer e acrescentar a o que dizem os treinadores".
Ele explicou por que ama tanto o Atlético. "Cheguei do Sevilla como jogador. De repente, as pessoas começaram a gostar de mim... e eu não havia lhes dado nada! Minha primeira temporada foi irregular. A partir da segunda, formamos um grande grupo e conseguimos a 'dobradinha'. Quando saí, cada vez que voltava à Espanha, escutava o pessoal dizendo 'lá vai o Cholo, o do Atleti'. As pessoas me associavam a esse clube", comentou.
Simeone defendeu o estilo de jogo de sua equipe, o que tantas críticas o rendeu às vezes. "Vou contra os que desprestigiam a parte defensiva. Defender também é uma arte. Entro em um jogo para fazer dano e posso conseguiu de diferentes maneiras. Porque é futebol e se ganha uma Copa do Mundo como a Espanha fez ou como a França fez. O futebol é maravilhoso e todos temos razão", explicou.
Ele admitiu que teve momentos de fraqueza, mas nunca quis abandonar o Atlético: "Um dos dias mais difíceis foi após perder a segunda final da Champions para o Real Madrid, em Milão. Chegamos aos pênaltis e perdemos. E em 10 minutos você tem que se apresentar a um monte de jornalistas que estão querendo ver sangue e você precisa falar. A primeira coisa que me veio na cabeça é que eu tinha que pensar se podia transmitir a meus jogadores tudo o que lhes havia transmitido até o momento... e se entendeu mal".
Por último, explicou como leva tantos anos sentados no mesmo banco. "Desde que cheguei aqui, que sempre quis voltar, vivo pensando que me podem demitir. A única maneira de que não aconteça é fazendo o que sinto e procurando mostrar o que penso", concluiu.