Uma das contratações mais caras do futebol sul-americano, Lucas Pratto ainda tentando se readaptar ao futebol argentino, agora vestindo as cores do River Plate. Embora ainda longe do melhor rendimento, o atacante de 29 anos disse 'estranhar' não ter sido convocado pelo técnico da Argentina, Jorge Sampaoli, mesmo fazendo um bom ano pelo São Paulo, no ano passado.
Chamado por Edgardo Bauza entre 2016 e 2017, Pratto anotou dois gols pela Albiceleste, que sofria para se classificar à Copa do Mundo da Rússia via Eliminatórias. Com a chegada de Sampaoli, porém, Pratto acabou preterido em função de nomes como Lucas Alario (Bayer Leverkusen) e Darío Benedetto (Boca). O atacante, porém, revelou à Goal que o mesmo treinador havia pedido sua contratação ao assumir o Sevilla, há alguns anos.
Faltou 'marketing pessoal', como ele mesmo falou certa vez?
Pratto: números pela Argentina nas Eliminatórias
"Sim, mas não sei como fazer. Alguns me diziam, 'tínhamos que ter aproveitado o gol que você fez contra a Colômbia, ou aquele contra a Venezuela', mas eu sempre mantive a mesma postura e, graças a Deus, foi assim que consegui chegar à seleção", contou Pratto em papo exclusivo.
"Se o técnico gosta do meu futebol ou não, bem, me chamou a atenção não ter sido convocado por Sampaoli, pois ele mesmo queria me levar ao Sevila quando eu estava no Brasil, e depois, quando estava fazendo gols pelo São Paulo, e não ter recebido nenhum chamado..."
Um dos motivos da 'mágoa' do jogador teria origem em 2016, quando ele ainda defendia as cores do Atlético-MG: o Sevilla, da Espanha, havia contratado Sampaoli, recém saído da seleção chilena, e negociava com o Galo a contratação do atacante.
"Não houve acordo entre os clubes", lembra Pratto sobre as conversas. "Era uma oportunidade de momento, o Sevilla era campeão da Liga Europa com um técnico novo, mas o Atlético Mineiro tinha o valor que queria receber para vender.
"Mas está bem, o Sevilla não estava disposto a pagar."
Para ter Pratto, o River Plate pagou 11,5 milhões de euros (R$ 44,4 milhões) ao São Paulo, naquele que foi o negócio mais caro da história do futebol argentino.